Capítulo 76 l Por ela

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Antes de iniciarem a leitura, não se esqueçam de dar uma estrelinha e comentar! A interação de vcs é super importante pra mim e pra história<3

Boa leitura!💗

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Henrique V~

Minhas mãos estavam geladas por conta do tempo frio na França. Meus passos eram cautelosos em direção ao castelo francês ainda em desconfiança.

- Não vamos te matar. Se fosse pra fazer isso, já teria sido feito. - Ouvi a voz de Joana que andava na minha frente.

- Seria difícil isso acontecer. - Respondi recebendo seu silêncio em resposta.

As enormes portas do castelo foram abertas por dois guardas. Assim que as portas foram abertas, recebi a imagem do Rei e de Sarah Carter bem a minha frente, com duas garotas atrás de si.

O silêncio ficou presente durante um longo tempo.

- Seja bem-vindo! - O Rei tomou a frente com um forte sotaque francês na voz.

Não o respondi, apenas o olhei e direcionei o meu olhar para Sarah.

- Traidora. - A mesma suspirou. - Como pôde ser tão suja à esse ponto? - Dei passos em sua direção e pude ver guardas se aproximarem me fazendo sorrir. - Você é como ele! - Me referi ao meu pai e a mesma apenas continuou me encarando.

- Vamos entrar, e conversaremos com calma. - Leroy disse.

- Eu quero vê-la. - Disse ainda olhando para Sarah.

- Conversaremos primeiro. - O Rei respondeu.

- Eu não viajei por três dias até aqui para conversar com nenhum de vocês. - Olhei para eles. - Vim por ela. - Me referi a Mareena.

- Eu sei que veio. - Sarah finalmente respondeu. - Então entre. - Disse não vacilando o olhar.

Passei por ela olhando todo o castelo e imaginando onde Mareena poderia estar.

O Rei nos guiou até um certo cômodo e apenas os olhei esperando.

- Mareena é a futura Rainha da França. - Luís disse sem mais nem menos me fazendo desviar o olhar e fechar meu punho.

- Eu pouco me importo! Só vim até aqui para levá-la devolta pra casa. - Eu disse sentindo a raiva surgir.

- Aqui é a casa dela. - Sarah respondeu.

- A casa dela? Aqui nunca será a casa dela! Ela vem comigo! - Aumentei meu tom de voz. - Nem que eu tenha que matar cada um de vocês pra fazer isso acontecer, Sarah. -

- Garoto, olha como fala comigo! Eu criei você! - Aumentou o tom de voz me fazendo rir com ironia.

- Me criou? Larga de ser uma estúpida maldita! Eu pouco me importo se você me criou ou deixou de me criar. Eu vou levá-la! -

- Você não está no seu reino. - Luís disse.

- Você diz isso como se eu me importasse. Eu não ligo se é seu reino ou não! Estamos falando da minha mulher.

- Sua mulher? - Sarah riu. - Até agora ela não é nada sua. E se voltar com ela, ela será morta.

- Como se eu deixasse que isso acontecesse. Quem ousar encostar nela, eu mato! - Digo baixo.

- Henrique, sejá racional! - Joana falou e me virei.

- Não queira me ver sendo racional. Eu só quero ela, e ficamos bem. - Olhei para Luís e Sarah novamente.

- Você está na França e sozinho, não está em posição de pedir nada!

- Sozinho? Um Rei nunca está sozinho. - Respondi.

Mareena Carter ~

Abri meus olhos ainda com dificuldade. Eu não sabia a quanto tempo eu estava apagada, mas sentia meu corpo dolorido como nos dias anteriores.

- Mamãe... - Susurrei com dificuldade sentindo minha garganta dolorida.

Levantei um pouco minha cabeça vendo o quarto totalmente vazio, apenas algumas tigelas e plantas ao meu lado e uma vela do outro.

Gemi de dor ao me sentar na cama. Cadê todo mundo? Toco minha barriga sentindo o tecido leve do vestido e algo enfaixado na minha barriga. Meus cabelos estavam bagunçados e minha boca seca.

Eu preciso de água.

- Mamãe! - Chamei em voz alta e não recebendo nenhuma resposta.

Me levantei me apoiando na cômoda ao lado tentando me manter de pé com muita dificuldade.

- Aí... - Toquei no meu estômago ao sentir uma fincada e uma pequena mancha de sangue onde estava a faixa.

Onde está Dion?

Caminho até a porta me apoiando na parede e me seguro com força na porta quando a alcanço perdendo um pouco da força no meu corpo pelo longo tempo deitada.

Abro a porta com calma olhando o corredor totalmente vazio. Dou os primeiros passos sentindo o chão frio sob meus pés. Sigo o corredor a direita a procura da minha mãe ou do Dion para que me ajudasse com o ferimento. Ouço vozes, como se brigassem, e sigo aquelas vozes confusas. Desço as escadas e encontro o corredor de onde vinha as vozes, e vou rumo ao cômodo vendo algumas pessoas ali e sinto meu corpo gelar ao reconhecer um corpo e uma voz.

Meus batimentos se tornam cada vez mais fortes e minhas mãos tremem assim como meus lábios, uma reviravolta se forma no meu estômago.

- Henrique... - Murmuro e todos os olhares se voltam para mim, principalmente aquele que era dono dos olhos esverdeados mais lindos do mundo.

Sinto um nó subir no meu pescoço e me contorço sentindo o vômito sair da minha garganta me fazendo colocar tudo pra fora. Assim que termino, sinto minha visão turva e um borrão se formar à minha frente e sinto o chão frio próximo.

Henrique V~

Sinto meu coração bombear sangue cada vez mais rápido quando a vi em minha frente. Sua situação não estava boa, e apenas travei ao vê-la ali.

- Não, não, não... - Seguro seu corpo antes que caia no chão e vejo todos se aproximarem. - O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELA? - Grito sentindo o ódio explodindo dentro de mim. - Mareena, eu estou aqui agora... - Tiro as mechas bagunçadas do seu rosto e vejo o sangue manchado em seu vestido. Eu sentia meu mundo parando outra vez.

Eu preciso ser forte!

Seguro em suas costas e em suas coxas e a levanto.

- Tragam quem cuida disso, alguém que saiba o que faz! - Eu disse desesperado. - Me mostrem o quarto. - Peço para Sarah e Leroy que me guiam até um quarto um pouco escuro.

Deito Mareena na cama e toco a maçã do seu rosto sentindo uma angústia e alívio me invadir por completo. Deixo um beijo demoras em sua testa e seguro as lágrimas que tentam cair.

- O que aconteceu com ela? - Pergunto ainda sem olhar para eles fazendo cafuné em seu cabelo.

- Infecção interna. Se o senhor puder se afastar, eu posso cuidar disso. - Ouvi uma voz diferente e me virei encarando o homem ruivo na minha frente.

Me afastei lentamente e fui até a janela encarando o céu cinza lá fora.

- Ela vai ficar bem, já descobri o problema. Foi bom ela ter vomitado. - Disse mas a voz dele ficou tão distante pra mim.

Ela estava viva!

Eu não tinha palavras que pudessem descrever o quanto isso me aliviou.

Eu só conseguia pensar nela agora, apenas nela.

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A Guardiã do ReiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora