|Side-Story: Noites Gregas| [04] Eu te afasto e você volta logo em seguida.

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[QUARTA NOITE]

— Eu realmente pensei que você não iria aguentar — disse Cyber. — Mas olhe só você... de quatro na cama, pedindo por mais...

Suspirei, revirando meus olhos. Ele estava movendo seus dedos dentro de mim, às vezes de vagar, às vezes rápido demais, sempre para frente para frente e para trás. O som que ecoava dos seus movimentos era um estímulo à mais. Já havia se passado três horas desde que começamos aquela sessão no quarto – e mais parecia que ela se prolongaria pela eternidade. Geralmente, duas horas eram o meu limite para meus clientes, todavia, Cyber não era um cliente qualquer, e também não estava me prometendo um pagamento qualquer... e, sinceramente, eu queria cada vez mais do que ele estava me oferecendo.

Em cerca de três horas, passei de um homem extremamente precavido e crítico para uma bagunça que geme e rebola no colo de um traficante.

Meu Deus...

— Você é tão gostoso, Polly — disse Cyber.

Espiei por detrás do ombro e vi o exato momento em que ele se pôs de joelhos e piscou para mim antes de beijar uma das maçãs da minha bunda. Ele queria me comer com a boca mais uma vez. Nem todo cliente que tive demonstrou tanta vontade nesse tipo de preliminar, mas Cyber possuía um brilho no olhar que demonstrava o quanto aquele ato o agradava. Gemi assim que senti sua língua circulando minha entrada, mantendo meu olhar fixo sobre ele, dessa vez incapaz de olhar para qualquer outro lugar. Ele, por sua vez, retribuiu meu olhar e isso, de alguma forma, fez meu peito aquecer e meu pau pulsar, dolorosamente duro.

Ele enfiou dois dedos de uma vez e eu choraminguei, rebolando neles. Sua língua o acompanhou em seguida e isso foi demais. Quando percebi, estava gozando pela terceira vez consecutiva, dessa vez por tão pouco. Cyber afastou a boca, no entanto, continuou me estimulando com os dedos. Tentei me afastar dele, sensível demais pelo orgasmo recente, e ele retirou os dedos, limitando-se a acariciar minha bunda.

— Você é tão sensível — Cyber comentou. — É surpreendente.

— Eu só... você não está sendo justo... — engoli em seco. — Você está indo rápido... hm... demais...

Cyber concordou, levantando-se.

— E se eu for devagar? — perguntou, vestindo mais uma camisinha.

Bateu o pau pesado contra a minha entrada, me oferecendo um pequeno sorriso cafajeste.

— Você aguenta? — perguntou.

Encarei sua expressão tão investida e, por fim, concordei, afinal, eu queria mais, talvez tanto quanto ele. Sendo sincero, nunca gozei tantas vezes em apenas uma sessão. O que ele estava fazendo era, sem dúvidas, impressionante e, talvez, viciante.

Mordi meu lábio inferior e fui incapaz de segurar um gemido quando ele me penetrou, apossando-se dos cantos da minha cintura, segurando-me como se, de alguma forma, eu o pertencesse.

— É lento que você quer, Polly? — perguntou, movendo-se calmamente, ondulando o quadril, mesmo assim, indo até o fundo.

Ele foi até o final, mantendo seu pau profundamente em mim, e acabou cutucando um nervo profundo, o que me fez guinchar e derreter ao mesmo tempo. Balancei a cabeça afirmativamente, concordando repetidas vezes conforme ele repetiu o movimento e, a cada repetição, meu corpo explodia em doses de serotonina. Era como se houvesse um botão no meu interior sendo pressionado todas as malditas vezes – e ele sabia disso, por isso estava o usando ao seu favor.

Encarei o relógio. Já havia se passado três horas e quarenta minutos desde que começamos aquela sessão. Eu deveria estar exausto, mas o efeito era o contrário: mais parecia que meu corpo estava tomado por cafeína, vibrando a cada toque e a cada investida de Cyber. No fundo, eu sabia que o motivo da minha animação era exatamente o homem que estava atrás de mim e não todo aquele contexto. Era Cyber, o maldito.

CRIMINALS #1: Doce Vingança | Jikook.Where stories live. Discover now