CRIMINALS #1: Doce Vingança | Jikook.

[18] Lascia parlare il mafioso.

Esse capítulo é narrado pelo Enzo 😶

Não me perguntem como eu consegui narrar os pensamentos de um homem calado e introspectivo como o Enzo, eu só sei que, quando percebi que minha cabeça funciona exatamente como a dele, se tornou uma tarefa muito mais fácil. 

Peço, de antemão, que votem e comentem. Seus comentários serão minha fonte de energia enquanto escrevo o próximo, que será narrado pelo Billy. Quero agradecer pela paciência de vocês. Eu finalmente concluí e defendi o meu TCC (tirei nota 10). Obrigado!

Tenham uma leitura perigosa.

(Trad: Deixe o mafioso falar).

Dados de localização:

Seoul,

Rua do Motel Degli Angeli, 00h10min a.m., domingo,

Carro do Enzo.

Dica:

Dizem que existe um momento da vida em que você espera por algo com muita excitação e, quando finalmente acontece, você não consegue escapar do sentimento de arrependimento.

Indicação de músicas (inclusas na playlist de CRIMINALS no Spotify):

Brooklyn Baby, Lana Del Rey.

West Coast, Lana Del Rey.

Money Power Glory, Lana Del Rey.

Salvatore, Lana Del Rey.

Enzo Salvatore,

Tenho o mau pressentimento de que algo muito ruim vai acontecer nessa noite. Basta eu olhar para o lado para saber o motivo: estou levando Billy cada vez mais fundo para o meu mundo. O desconforto cresce quando vejo o brilho nos seus olhos. Ele está animado para conhecer minha mãe. Eu, por outro lado, não poderia estar mais amargurado pelo fato de que não consigo parar de querer estar perto dele.

Em que merda eu estava pensando quando disse que iria levá-lo para conhecer minha mãe? Que espécie de urgência em mantê-lo por perto me faz ser tão estúpido e imprudente?

— Sua mãe não deveria morar na Itália? — Billy pergunta enquanto olha para a rua.

É aliviante as vezes em que ele me faz alguma pergunta e não está olhando para mim, assim fica mais fácil para que eu me mantenha calado. O mesmo acontece dessa vez, então eu firmo os punhos no volante e desconsidero sua pergunta. Em meio ao silêncio, ele me olha e eu percebo que meu silêncio o deixou cabisbaixo.

— Por que eu sinto que você está mais tenso que uma corda esticada? — ele pergunta, virando-se para observar o meu perfil.

Quero ordenar para que ele volte a olhar para a rua, para que eu possa me concentrar em qualquer coisa além do peso dos seus olhos castanhos, mas eu não faço isso.

— Não estou tenso — respondo. Não demora para que eu perceba sua curiosidade se aflorando, o que me deixa mais desconfortável. — Olhe para frente, Billy — finalmente ordeno.

Ele nega, cruzando os braços, e eu dou partida no carro, arrancando para a via expressa em direção ao último endereço do qual soube em que minha mãe está ficando.

— Não volte a ser o Enzo de poucas palavras — ele pede. — Você fica tão mais interessante quando... hm... quando me responde.

Eu não quero te responder porra nenhuma, penso, agarrando a marcha do carro com o punho cerrado. Já não basta eu estar indo encontrar minha mãe, a qual eu não vejo desde o funeral de Nina, manter uma conversa com Billy e sua curiosidade incisiva é o mais próximo do Inferno que cheguei.