Onda De Emoções

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Após minha rebelião durante meu suposto julgamento, minha pena era de um mês na solitária, uma cela minúscula, sem janela, com apenas uma pia e um balde para as necessidades fisiológicas, sem contar do amontoado de feno que servia de cama.

Floch me fez um relatório com a rotina da prisão, então eu tinha conhecimento dos horários de alimentação, troca dos guardas e demais situações que poderiam ocorrer durante minha suposta permanência na solitária. O general Zackly proibiu qualquer um dos membros reconhecimento a se aproximarem da prisão e deu ordens para que os soldados dos demais ramos, se vissem qualquer movimentação suspeita na minha cela, reportassem aos superiores.

Mas em vez de aceitar minha pena e me isolar naquele cubículo úmido, frio e escuro, eu estou muito bem instalada em um quarto de luxo na propriedade da senhora Kiyomi Azumabito. Nesse último mês pude explorar as beleza naturais da nação de Hizuru, aprendi seus costumes e a cultura. Pedi para que a senhora Kiyomi me ensinasse mais sobre o comportamento das pessoas fora das muralhas, queria aprender a me comportar como uma "dama" por assim dizer.

Ela me ensinou etiqueta, normas cerimoniais, conjuntos e costumes de alto padrão, aquilo que ela dizia ser o mais adequado e aceito pelos grupos sociais mais influentes do mundo. Kiyomi me ensinou muito além do que eu poderia ter pedido, em um período de tempo tão curto muita coisa mudou, meu modo de falar, apanhei para deixar o "sotaque" e vícios linguísticos de lado; o modo de me vestir foi um dos mais difíceis, jamais me imaginei usando salto, vestidos formais, joias ,e até mesmo me arrisquei com a roupa tradicional oriental, que me disseram que se chamava kimono.

E também outros tipos de coisas que não vem a caso, tudo que aprendi poderia ser usado se um dia decidisse viver clandestinamente fora das muralhas. Kiyomi me revelou que minha família ainda apossuía contas em bancos por todo mundo, investimentos financeiros, imóveis, e que se fosse o meu desejo ela acobertaria a minha cidadania, eu poderia viver livre sem nunca mais ter que me preocupar em voltar a Paradis.

Mesmo que a proposta me parecesse tentadora, eu não conseguiria me perdoar se abandonasse as pessoas que são importante para mim naquele inferno. Talvez um dia convencerei Hange a explorarmos o mundo exterior, então aí, poderíamos todos viver livremente longe daquelas muralhas.

De qualquer maneira, eu não sou ingênua, sei muito bem que Kiyomi assim como as pessoas que servem a ela, só estão me ajudando porque receberão algo em troca. fizemos um acordo comercial, assim que voltar a ilha deixarei preparado alguns grupos de mineradores, ajudarei as exportação do ice blast stone, isso entre outros acordos comerciais que fechei com Hizuru, tomei a frente como porta voz de Paradis.

E novamente fui aconselhada a reivindicar o trono, Kiyomi acha que o tempo que passarei no exterior fara com que eu crie influencia internacional, sem contar que uma rainha com tanto poder quanto o que tenho, seria fundamental para retardar o estouro de uma provável guerra ou ataque conta a ilha.

Durante esse mês tive acesso a jornais e outros meios de comunicação, descobri que a guerra entre Marley e países do oriente médio tem se intensificado, Reiner e Zeke são as principais armas dos combates, mas ao que tudo indica essas novas armas anti-titãs são fatais. Descobri que o titã que estava em posse da Ymir foi passado a outro guerreiro de Marley, também pesquisei um pouco sobre a família Tybur e seu titã, é realmente uma pena um titã tão poderoso quanto o martelo de guerra ter se tornado a herança de uma família franca quanto as Tybur, essa gente não faz ideia da arma de guerra que tem em suas mãos, desperdiçar o potencial desse titã é trágico... tenho certeza que essa belezinha seria bem mais desfrutada se estivesse nas mãos de Paradis.

[...]

Faltava apenas três dias para minha pena terminar, o que também significa que logo devo voltar a ilha, e isso não me agradava de forma alguma, por mais que eu esteja com saudades de Levi, Hange e dos garotos, gostaria de encontrá-los em circunstancias melhores.

Freedom Wings - Levi AckermanWhere stories live. Discover now