Madrinha

1.1K 152 136
                                    

Jogo os pés numa dança tímida e escondida antes de apertar o botão do elevador, fico balançando a cabeça curtindo a música nos meus fones enquanto espero o elevador

Ups! Ten obraz nie jest zgodny z naszymi wytycznymi. Aby kontynuować, spróbuj go usunąć lub użyć innego.

Jogo os pés numa dança tímida e escondida antes de apertar o botão do elevador, fico balançando a cabeça curtindo a música nos meus fones enquanto espero o elevador.

Mais um dia de trabalho com essa roupinha apertada que me faz parecer um pinguim, mas preciso me submeter a isso, infeliz seja o capitalismo e essa cidade de Nova York.

O elevador chega e retiro os fones acabando com minha festinha particular, infelizmente agora chega de música, hora de trabalhar. Entro no elevador e ainda continuo balançando a cabeça pensando na musica que estava ouvindo, ela toca agora só na minha mente, aperto o último andar que vai demorar um pouquinho a chegar e me encosto no fundo do elevador esperando.

Observo os números aumentando, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove. Para no nove e o elevador para junto, provavelmente alguém vai entrar, dou de ombros e espero a porta abrir. Ela se abre num corredor azulado com uma escada de concreto e beiral de ferro no fim, mas nenhuma alma viva esperando ele.

Olho pra fora com as sobrancelhas franzidas e me aproximo mais da porta olhando ao redor. Será que já estou sendo assombrada pelos fantasma desse prédio que me contaram? Ignoro e volto pro fundo do elevador, seja quem for, chamou só pra atrapalhar meu horário.

— Segura o elevador! — Ouço uma voz feminina vindo de algum lugar, uma voz ofegante e embaralhada.

Ouço passos batidos com força e pressa no concreto da escada, até que uma garota ruiva então surge no topo da escada em suas mãos a barra desse vestido azulado claro que ela usa, escandaloso e difícil de não notar cintilante num azul clarinho cor pastel, brilhante, parece um laço a parte de cima que é um tomara que caia, descendo na barra com várias camadas deixando o vestido cheio. Lindo de fato, ela é linda também.

Quando me dou conta a garota já está perto da porta que começa a se fechar, mal tenho tempo de reação, ela corre um pouco e consegue entrar meio desengonçada, ela se apoia com o braço esticado na parede enquanto a porta se fecha atrás dela, ela me encara e se ajeita no canto.

Ela ainda me encara com esses olhos caídos, a maquiagem levemente borrada nos olhos, uma expressão de quem está bêbada.

Fico sem entender e ela continua me encarando, ela levanta o braço encostando o cotovelo na parede do elevador apoiando a cabeça de lado no braço, esse olhar dela me fuzila de forma indecente e esse elevador já começa a ficar pequeno pro tanto de intimidação que eu estou sentindo com essa mulher me encarando desse jeito.

Ela me encarando assim apoiada com a cabeça meio inclinada pra cima e sua boca entreaberta, esses olhos caídos, além dessa maquiagem em volta dos olhos que deixa seu olhar mais intenso, estou começando a sentir mais do que intimidação por ela assim.

Ela continua me olhando e enruga o nariz fazendo uma careta, pisca os olhos e se ajeita meio tropeçando entre seus pés, ela semicerra os olhos me encarando e eu começo a olhar pros lados querendo saber se tem algo de errado comigo pra ela estar me olhando tanto.

the prettiest girl I've ever seen | Sadie SinkOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz