It's Not Over | Max Verstappen (Hiatus)

𝟐𝟓. Headstrong

Nota inicial
Este capítulo contém palavras de baixo calão.

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Monte Carlo, Mónaco — 27 de agosto de 2019

Uma semana se passou desde as férias de Max e Nara em Jeju, uma ida precipitada à China e por fim a adoção da Starley. O casal já se encontrava no Mónaco pois, como a Starley não passou por qualquer tipo de educação na Coreia do Norte, esta não precisava passar pelo Hanawon¹ tal como a Nara, recebendo assim um green pass que lhe permitiu vir diretamente para o Mónaco junto dos seus novos pais.

Depois de umas semanas de pausa, a Fórmula Um regressava esta semana, com uma corrida na Bélgica dia 1 de setembro sendo por isso o último dia que o casal estaria no Mónaco dado que amanhã viajaram todos juntos para a Bélgica. Neste momento, Nara encontrava-se com Wheein e Starley a arranjar os montes de roupa que ela e Max compraram para Starley já que esta começaria a frequentar uma escola sul-coreana com ensino articulado ao inglês pois Nara não quer que ela perca a cultura coreana, quanto a Max, este estava reunido com Pierre e outros pilotos de modo a perceber o que realmente aconteceu no backstage da sua substituição pelo tailandês Alex Albon.

     — Então amiga, conta-me coisas. Como foram as férias com o Max? – Wheein pergunta curiosa, dando logo a perceber do que ela falava.

     — Foram perfeitas, não me posso queixar de nada! Tirando o falecimento da minha mãe que nos obrigou a acabar as férias mais cedo, tudo foi espetacular. Tive a minha primeira vez com o Max e jamais irei esquecer esse dia. – a sul-coreana confessa com um curto sorriso, falar da morte da sua mãe era uma ferida ainda aberta.

     — Fico feliz em saber que deste esse passo com o Max mas, claro, com o coração apertado em relação à tua mãe. Como te sentes? Não imagino de longe a tua dor e como deves estar psicologicamente. – a engenheira mecânica demonstra preocupação perante a Nara, colocando a sua mão no ombro dela como reconforto.

      — Estou longe de estar bem, mas o Max e agora a Starley fazem questão de arrancar um sorriso da minha cara, sem eles eu sinto que desmoronaria por completo. – Nara confessa, deixando a sua melhor amiga mais relaxada.

Antes que Wheein pudesse dizer alguma coisa, ela é interrompida pelo barulho estridente da campainha. Curiosa, Nara levanta-se e dirige-se até à entrada e ao abrir a porta, ela fica chocada com a figura que vê. Era o seu pai, aquele que supostamente estava desaparecido.

     — P-pai? O que estás a-aqui a fazer? – a sul-coreana gagueja com a voz trémula e automaticamente o seu corpo começa a tremer.

     — Olá, minha querida filha. Surpresa em ver-me depois de tanto tempo? – o pai de Nara, Junseong, pergunta ironicamente e com um sorriso malicioso.

     – Wheein, sai daqui e chama ajuda, o Lewis, o Max, alguém. Não te preocupes comigo. – Wheein ia contestar mas, nem se atreveu a abrir a boca saindo rapidamente do quarto enquanto marcava o número de alguém no telefone. — O que estás aqui a fazer? Como me encontraste? – Nara questiona visivelmente nervosa.

     — Isso agora não importa. – Junseong entra na casa sem ao menos ser convidado. – O importante é que eu finalmente te encontrei e a minha suposta adorável neta.

     — Ai de ti que te aproximes dela! – Nara puxa Starley para si de modo a protegê-la. – Tu não vais fazer com ela o mesmo que fizeste comigo e com a Umma².

     — E tu achas que isso importa agora? Estou aqui para te lembrar que a família é uma questão de sangue e como tal, não me podes esquecer. Como a morte da tua mãe não ajudou tive que vir cá pessoalmente. – o  seu pai ri num tom sarcástico e ao mencionar a morte da sua mãe, Nara congela da cabeça aos pés.