It's Not Over | Max Verstappen (Hiatus)

𝟏𝟒. Always

Hockenheim, Alemanha — 26 de julho de 2019

Mais um fim de semana de corrida chegou e como se tem tornado habitual, Nara acompanhava Max durante estes dias que ficariam na Alemanha. Mas não era apenas isso que tinha trazido Nara a Alemanha, Max falou com o seu pai sobre a tal viagem à Coreia do Norte e Jos Verstappen, recomendou um advogado aos dois que seria responsável por ajudar a Nara a obter a cidadania monegasca, assunto que estava neste momento a ser debatido.

     — Analisei a vossa situação e lamento Nara, não é possível obteres a cidadania monegasca. – o advogado de confiança da família Verstappen concluiu um longo raciocínio de horas, após estar a folhear papéis e a teclar no computador.

     — Isso significa que eu nunca mais poderei visitar o meu país de origem? – Nara pergunta cabisbaixa e Max ao ver o olhar tristonho da sul-coreana, aperta a sua mão e entrelaça os seus dedos nos dela.

     — Tecnicamente há uma opção para solucionar este problema mas não sei se já haviam pensado nisto. Bom, como observo aqui vejo que tu Max tens dupla cidadania certo? – o advogado questiona e o piloto confirma. – Uma das formas da Nara obter uma destas tuas cidadanias seria através do casamento. Com o matrimónio, a Nara poderia tanto ficar com a cidadania belga ou eventualmente a neerlandesa.

Ao ouvirem a palavra casamento os dois ficam estáticos e não emitem qualquer tipo de reação ou emoção. É claro que os dois já tinham pensamento na ideia de casamento e depois de se conhecerem, essa ideia tornou-se um desejo, mas um desejo que gostariam de ver realizado daqui a alguns anos e não tão cedo como agora.

     — Eu sei que parece loucura. – o advogado Robert Carter-Smith admite. – No entanto é a única forma da Nara obter outra cidadania que lhe possibilite viajar para o seu país de origem.

     — Tudo bem, nós entendemos e iremos pensar no assunto com bastante cautela e cuidado. Obrigada pelas informações e pela atenção. – Max agradece e os dois despedem-se.

Max levanta-se e encaminha Nara até ao exterior do edifício, a breve caminhada foi preenchida pelo silêncio, pois nenhum dos dois se atraveu de dizer alguma coisa que fosse.

     — Max? – Nara chama receosa o nome do piloto que olhou rapidamente para ela. – Desculpa a pergunta mas tu casavas comigo?

     — Nara, eu faria tudo por ti, até assaltar a Casa Branca se fosse preciso. – o neerlandês admite. – Eu é que não estava à espera me casar tão cedo e com certeza que tu também não, porém se for isso a solução do nosso problema, vamos em frente.

     — Eu acho apenas engraçado a ideia de casamento sendo que nem namorados somos. – Nara confessa risonha mas quando se apercebe do que diz as suas bochechas adquirem uma cor rosada.

     — Espera lá! Isso foi uma espécie de pedido de namoro indireto? – o piloto pergunta animado com a conversa, que tomara agora um nível descontraído.

     — Talvez? - a sul-coreana responde confusa. – Eu acho que já nem vale a pena adiarmos mais este pedido, já confiamos muito um no outro e nem entremos em outros promenores como a intimidade.

     — Sim isso da intimidade nem vale a pena falar, porque eu já te vi de lingerie e tu já me viste sem camisola. – Max ri-se. – Ah e por falar em lingerie, ficas muito bem com uma vestida, gostaria de ver mais vezes confesso.

     — Max! Para! – Nara, envergonhada, bate de leve no ombro do Max. – Mas tudo bem, um dia destes eu volto a vestir.

     — Obrigada, fico feliz por cumprires o meu desejo. – o neerlandês pisca o olho. – Mas voltando ao assunto principal da conversa, deixa-me ser eu a pedir-te em namoro é que eu tinha uma surpresa preparada que agora já sabes que não é surpresa.