It's Not Over | Max Verstappen (Hiatus)

𝟎𝟔. Sweet Child O' Mine

Kunming, China — 18 de abril de 2019

Um dos dias que Max menos queria que chegasse, tinha infelizmente chegado. O calendário marcava o dia que o piloto precisava regressar a Milton Keynes para um reunião com o seu chefe de equipa e como tal, não poderia levar Nara consigo.

Max estava neste momento a passar por um misto de emoções e várias perguntas passavam pela sua cabeça. Estaria ele a fazer o que era correto? Seria boa opção deixar a Nara sozinha e sem ele? Perguntas que nem ele as conseguia responder.

Nara também se sentia assim, ver o piloto se ausentar durante algum tempo fazia pensá-la que nunca mais o ia ver, sentia que isto era uma despedida. Estaria Max a abandoná-la? Seria este o fim?

Neste preciso momento, a água quente proveniente do chuveiro batia no corpo de Nara, estava assim à uns minutinhos apenas a refletir em tudo que passou nestes dias e até olhava para o seu próprio corpo através do espelho da casa de banho. Um arrepio passa por si e volta a questionar-se... faria ela o tipo de Max? Poderiam ter algo no futuro?

A norte-coreana abana a cabeça na tentativa de afastar estes pensamentos que pareciam estar a atormentá-la. Sai do grande chuveiro e fica mais algum tempo a observar-se no espelho, as suas coxas e bochechas tinham ganho forma devido à boa alimentação que havia começado a ter desde que conheceu Max.

Tratou de se secar e trocar de roupa, vasculhou na sua mochila e encontrou algumas peças de roupas ainda por estrear e com etiqueta. Tocava levemente nas camisolas e calções que retirava e involuntariamente, sorriu.

Escolheu uns calções de ganga e uma camisola que a chamou à atenção, uma alaranjada com o número trinta e três, não sabia o significado ou se quer a importância deste número mas decidiu vesti-la na mesma.

Saiu da casa de banho e encontrou Max a teclar muito fortemente no teclado do seu portátil, a sua face estava avermelhada e várias gotas de suor escorriam pela sua testa. Quando ouviu a porta bater, o piloto olhou automaticamente para Nara e não evitou sorrir devido à camisola que ela estaria a usar.

A norte-coreana caminha levemente até Max, próxima dele, ela estende a sua mão da qual o neerlandês não hesita em agarrar e acaba por se levantar ficando assim de frente um para o outro e observar os detalhes de cada um.

     — M-Max... I it mi-miss you... – Nara gagueja envergonhada devido ao seu inglês fraco, já que no seu país era praticamente impossível aprender a língua. Sabia algumas palavras devido a filmes de Hollywood que havia assistido ilegalmente.

Max olhava surpreso para Nara. Mesmo com os erros, ele sabia perfeitamente o que ela queria dizer... ela ia ter saudades dele, assim como ele ia ter saudades dela.

     — Oh minha doce... minha liedfe.¹ – o neerlandês coloca a sua outra mão nas bochechas de Nara. – I it miss you too.

O piloto responde da mesma forma e os olhos da norte-coreana brilhavam juntamente com a lua e algumas lágrimas rebeldes insistiam em cair do rosto de Nara. Ela aproxima-se ainda mais dele e coloca os seus braços à volta da cintura de Max e ele à volta dos ombros dela.

Era o abraço da despedida, despedida que nenhum dos dois queria aceitar mas nem sempre tudo corre como planeado. Eram apenas eles, no mundo deles, mundo que mais ninguém teria chances de entrar.