It's Not Over | Max Verstappen (Hiatus)

𝟏𝟓. Baby, We're Going Up

Nota inicial
Este capítulo abordará temas sensíveis como prostituição, violência doméstica, abuso psicológico e sexual. Se não se sentirem confortáveis com estes temas não recomendo a leitura deste capítulo.

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Monte Carlo, Mónaco — 6 de agosto de 2019

Namorar Max ainda parecia algo inimaginável para Nara. Durante muito tempo achou que não ia encontrar alguém tão amável, carinhoso e protetor como o piloto, mas parecia que todos os seus sonhos de adolescente se estavam a concretizar.

Depois de mais um fim de semana de corrida na Hungria, onde o Max conseguiu o segundo lugar, a Fórmula Um entrava oficialmente na pausa de verão onde todos os pilotos poderiam tirar um tempo para descansar.

Nara não fazia a mínima do que Max estava a fazer sentado à horas no seu computador com este calor infernal, pois mesmo estando de férias ela não entendia o porquê do neerlandês estar a trabalhar, quer dizer, pelo menos Nara achava que era isso que o Max estava a fazer.

     — Max, meu amor. – Nara chama o nome do seu agora namorado e ele vira a cabeça para ela. – O que estás a fazer no computador com este calor insuportável? Podíamos sei lá ir até à praia, nunca fui à praia...

     — Espera liedfe, estou quase à acabar o que estou a fazer e já te mostro o porquê de estar sentado à horas. – Max explica. – Queres ir à praia? Então vamos à praia, vai te preparando que quando isto estiver pronto é só arrancar!

A sul-coreana sorri animada e rapidamente vai ao seu roupeiro escolher alguma roupa que fosse adequada para a praia, acabando por escolher um biquíni branco e um vestido cor de rosa pastel com alguns brilhantes que lhe davam um toque especial. Depois de vestir a roupa que tinha escolhido, olhou-se ao espelho e um sorriso involuntário escapou dos seus lábios.

     — ACABEI! – Max exclama animado. – Anda cá amor, vou te mostrar o que fiz.

Nara, que estava a calçar as suas sandálias, trata-o de o fazer à velocidade da luz e aproxima-se o mais rápido possível de Max, sentando-se logo de seguida no colo do seu namorado.

     — Jeju, Coreia do Sul? – a sul-coreana lê calmamente as palavras que apareciam na tela do portátil de Max. – Nós vamos a Jeju é isso? Max como foste capaz de fazer isso?

     — Pelo computador é possível fazermos tudo, o avanço tecnológico é cada vez maior e isso possibilita-nos fazer coisas sem sairmos de casa. – o neerlandês explica e a sua namorada ouve atentamente.

     — Nós na Coreia do Norte também tínhamos computadores. – Nara refere. – Mas apenas as pessoas da elite tinham acesso, como o meu pai.

     — Sentes saudades da tua família não é? – Max questiona a Nara que se encontrava cabisbaixa no colo dele. – Eu entendo essa sensação.

     — Da minha mãe sim tenho muitas saudades mas do meu pai, nem por isso. – a sul-coreana responde fria. – Aquele homem devia estar preso.

     — Como assim amor? O que ele fez? – o piloto pergunta curioso.

     — Está na hora de eu te contar tudo Max, desde o meu passado até agora, estás no direito de o saber. – Nara suspira e o ar começa a ficar pesado.

     — Não é bem assim Nara, só contas se quiseres e eu não te quero pressionar a contares algo que para ti seja tão difícil eu entendo perfeitamente o que é...

     — O meu nome não é Nara. – a sul-coreana interrompe o seu namorado que olha surpreso para ela. – O meu nome é Aecha, Kim Aecha. Alterei logo o meu nome a partir do momento que pisei a China, tudo por questões de segurança. Nasci em Kanggye na província de Chagang, filha de uma professora primária e de um criminoso, custa dizer isto mas é a verdade. O meu pai era da elite, não porque ele trabalhava para o governo mas sim porque ele tinha um trabalho ilegal, não sei muita coisa porque a minha mãe não me contava uma vez que eu era apenas uma criança, mas do pouco que eu sei, ele vendia droga aos guardas que patrulhavam a fronteira entre a China, em troca os guardas deixavam passar mulheres que iriam ser vendidas para casas de prostituição na China.