Eles retornaram voando, Cassian colocou Feyre no chão quando ela remexeu as pernas indicando o terraço. Amren encostou no parapeito, observando a cidade e eu encarei o quinteto com os braços cruzados em cima do peito. Pressentindo o problema à caminho, as sombras estavam agitadas, como se soubessem que eu ficaria irritada.
Rhysand, Cassian e Azriel carregavam máscaras sérias. Calados e pensativos. Mor e Feyre vinham carrancudas suspirando insatisfeitas.
— Elas se negaram, não foi? — Esfreguei a costa do dedo indicador na ponta do nariz. E como se esse gesto fosse algum sinal, Azriel se escondeu em suas sombras e Feyre abaixou a cabeça com culpa no olhar.
Arranhei seu escudo e ela me deu uma brecha. Você não falhou. Elas que são tolas medrosas! Recuei abrupta sem esperar sua resposta. Feyre resmungou relaxando os ombros.
— As rainhas humanas querem uma prova das nossas boas intenções. De que podem confiar em nós, — Rhys fez uma pausa. — em mim.
— E queriam ver você. Durante a reunião elas sentiram. — Azriel comentou.
— O quê elas sentiram? — Eu já sabia.
— O Palácio estremeceu. — Mor disse me encarando fixamente. — Como se uma entidade furiosa tivesse fugido do Caldeirão abaixo e se entranhado no solo. Não sei o quanto você liberou nas montanhas, mas foi o suficiente para deixar elas assustadas.
— Ótimo, já poupa minhas ameaças. Não é novidade que não confio nelas. — Governantes que escolhem sacrificar uma aldeia de seu povo, por menor que seja, não são dignos de confiança.
— Dudu sem querer ofender, mas eu posso contar nos dedos as pessoas que você confia. — Cassian provocou para descontrair.
— Dudu? Que tipo de apelido é esse? — Rhysand arqueou a sobrancelha. Cass sorriu atrevido.
— Oh sem essa! Macho amigo, Rhysinho, macho amigo.
— Foco! — Amren rosnou.
— Entregar a outra metade do livro pode salvar todos eles, todos nós. Não acham que essas rainhas estão tranquilas e exigentes demais? Humanos não tem chance contra um exército de feéricos. — Encolhi os ombros. — No lugar delas eu estaria buscando aliados e unindo forças.
"Talvez estejam fazendo isso." O sussurro me deixou aflita.
Nos acomodamos na sala discutindo sobre o assunto, não podíamos entrar lá e simplesmente pegar como fizemos na Estival. Aquele lugar é uma fortaleza contra feéricos, por isso Az não conseguiu infiltrar seus espiões. Ele foi bem específico quando disse que se alguém entrar, nunca mais sairá novamente.
Não sabia o que poderíamos oferecer para aquelas rainhas, queriam algo que provasse as boas intenções do Rhysand.
— Então, o que oferecemos em troca? — Feyre perguntou esfregando o rosto. — O que mostramos a elas?
Encarei Rhys com paciência, esperando seu veredito final. Silêncio tomou conta do cômodo. Mordi o lábio inferior quando ele apertou os olhos fechados parecendo arrasado.
— Mostramos Velaris a elas. — Meu sangue gelou.
— O quê? — Disparou Mor.
Ele não queria, era evidente. Sacrificou muito para manter essa cidade segura e agora se sente obrigado a mostrá-la para "provar seu valor". Esfreguei a têmpora negando angustiada. Mãe acima, é demais pedir um pouco de sossego?
— Não é sério que quer trazê-las aqui. — Protestou Feyre.
— É claro que não. Os riscos são grandes demais, recebê-las por sequer uma noite provavelmente resultaria em derramamento de sangue. — Rhys me encarou, esperando que eu dissesse algo, mas permaneci quieta. Ele continuou: — Então, planejo apenas mostrar a elas.
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CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIOS | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ
FanfictionDustina é a terceira filha do casal Archeron, a jovem caçadora carrega uma pilha de duras responsabilidades nas costas e luta todos os dias para proteger a família, principalmente a irmã mais nova. Tendo que cumprir as regras de um Tratado, ela emba...