Capítulo 62

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     Desfrutar de apenas uma hora de sono me deixou um pouco desorientada pela manhã, mas não posso deixar de compartilhar a culpa com Rhys, ele era faminto, e eu também não conseguia parar, não quando ainda sentia seu gosto na minha boca. Estávamos contra árvore, na mesa, na neve e em todos os pequenos cômodos bagunçados e destruídos.

Naquela mesma manhã, mal chegamos na cozinha, assim que me levantei, — coberta apenas pelas sombras — para organizar a comida na mesa. Rhys avançou tão rápido que quase não acompanhei seus passos. Rolamos no chão e ele fez questão de terminar por baixo, destruindo o tapete com as garras enquanto eu o cavalgava até ficar com os músculos doendo. Mais, mais e mais até que eu explodisse de prazer.

Tudo que meus olhos enevoados conseguiam ver era o teto de madeira antiga, as mãos enormes de Rhys servindo como alavanca para meus quadris sedentos. Seus grunhidos ecoavam por cima dos meus gemidos. Ele me empalava em sua ereção como se brincasse com meu prazer, tentando acertar ou com certeza me transformar em uma gelatina sensível.

Cavalguei deixando meus joelhos ardendo, e tomei coragem de olhar para baixo, onde meu parceiro me encarava fixamente, arfando. Minhas mãos percorreram seu abdômen trincado, e ele continuou, me subindo e descendo totalmente, até que estivéssemos estremecendo a casa. Minhas sombras se tornaram agressivas, assim como sua escuridão, nos rodeando e formando um casulo no chão. Os poderes se chocando e se reconhecendo.

Não importa se pareciamos dois selvagens, sozinhos na cabana, só queríamos saciar aquele desejo avassalador.

— Rhys... — Suspirei alto, minha bunda descansando em suas coxas quando gozei, afundando e o puxando comigo. Apertei a curva próxima ao seu pescoço, um grito mudo paralisando meus lábios entreabertos, foi inevitável não rebolar em busca de mais. Senti sua extrema satisfação atravessando nosso laço, admiração pura e um sentimento incandescente de tão quente.

Ele gemeu pendendo a cabeça para trás em abandono, meus dedos se firmaram ali conforme os espasmos me percorriam. Rhys me preencheu com jatos fortes, fincando as unhas alongadas no tapete embaixo de seu corpo. Agradeci por livrar minha pele daquelas pontas afiadas e ele sorriu.

Retribui mordendo o lábio inferior, ele me puxou para dentro de sua mente, abraçando-me com suas garras mentais. Vi, impressionada, como me parecia naquele momento íntimo. Meus olhos azuis eram duas pedras brilhantes o encarando, ofegante e corada. Os cabelos castanhos em uma bagunça rebelde, emanavam filetes das sombras, tornando o retrato lindo e sombrio. E então, Rhys riu mentalmente, mostrando sua parte preferida, a mão tatuada trancando seu pescoço.

Tão deliciosa. — Ronronou divertido. — Aperte um pouquinho mais forte e eu vou foder você novamente, coração de fogo.

Isso me arrancou um riso. Recuei da mente dele aumentando a pegada de propósito.

— Forte o suficiente, grão-senhor?

Rhys mostrou os dentes e inverteu nossas posições.

— As vezes me esqueço que você é uma coisinha travessa.

Enfiei um morango inteiro na boca tentando tirar minha mente dele, mas eu estava insaciável e isso começou a me assustar.

— É normal. — Garantiu Rhys, depois de uma mordida no pão enquanto estávamos sentados à mesa para tomar café da manhã. As sombras cobriram meu rosto, sussurrando o contrário.

— Duvido. Meu corpo está exausto, mas eu ainda quero você. — Resmunguei, focando os olhos na comida para não perder meu adorado controle. Ele assim como eu, precisa de descanso.

CORTE DE PAIXÕES E SACRIFÍCIOS | ʳʰʸˢᵃⁿᵈWhere stories live. Discover now