Para Sempre, Juliet

capítulo 61: um fantasma do passado

E aí? Ansiosos?

Boa Leitura!

🤍

Aaron

O destino era engraçado...

Ou melhor... cruel.

Cruel pra caralho.

Eu poderia jurar que estava enfiado em algum sonho bem louco, mas constatei que era real no momento que...

No momento que reencontrei alguém do passado.

Alguém que não esperava ver tão cedo ou talvez nunca mais.

Anna tinha me falado brevemente sobre a nova funcionária. Tinha me alertado que ela estaria no meu apartamento quando eu voltasse; que eu poderia analisar se seu trabalho era realmente bom. Assegurou-me que tinha encontrado a pessoa ideal para substituí-la.

Eu saí no meio de uma conversa qualquer com meus amigos, peguei o carro e voltei para o apartamento. Estava curioso e precisava conversar com a empregada sobre os documentos restantes de admissão. Precisava acelerar sua contratação, na verdade.

O lugar estava silencioso quando entrei e procurei a nova funcionária com os olhos

Nada.

Devia está trabalhando em um dos cômodos.

Dei de ombros e decidi beber um pouco de água na cozinha enquanto checava a mensagens recentes no meu celular.

Franzi o cenho pra quantidade exorbitante e pensei em tirar outra hora para responder todos os recados, incluindo um de Crystal.

Depositei o meu celular sobre o balcão quando ouvi um barulho vindo do quarto.

Não era um ruído alarmante, apenas sons de gavetas batendo, como se alguém estivesse mexendo no guarda-roupa em algum quarto.

Curioso e já imaginando que devia se tratar da nova funcionária, eu segui pelo corredor até lá.

E então...

Antes que eu pudesse alcançar meu quarto, alguém saiu de lá como uma bala e foi inevitável a colisão.

O pequeno corpo colidiu contra o meu e o segurei antes que pudesse cair ou me arrastar junto.

Surpreso, encarei os cabelos lisos e escuros presos em um coque e o rosto enfiado no meu peito.

— Mas que por...?!

Eu me calei quando a pequena mulher ergueu o rosto, encarando-me finalmente.

Levei algum tempo pra racionar, porque realmente não estava acreditando no que estava vendo.

Isso não fazia o menor sentido.

Não podia ser real uma porra dessas.

De jeito nenhum!

Meu coração acelerou de maneira alarmante e soltei um suspiro pelo espanto.

Profundo espanto.

Olhos escuros e rosto corado foram alvos do meu olhar pasmo. Rosto que eu não poderia esquecer nem que se passassem milhares de anos.

Rosto de alguém que eu me esforçava pra esquecer, mas não conseguia nem sob efeito de entorpecente.

Juliet me encarou completamente chocada. Provavelmente estava tão surpresa quanto eu.

E então constatei...

Ela era a nova funcionária.

Juliet era a porra da nova empregada desse apartamento.