capítulo 45: sentindo que algo está errado

2.3K 238 58
                                    

02h45min

Sábado

Eu estava sozinha em casa.

Preocupada mais do que tudo.

Maya tinha decidido ir dormir na casa de Abigail bem mais cedo.

Aaron estava comigo até horas atrás e não sairia naquela noite se uma ligação não o tivesse feito mudar de ideia.

Um convite imperdível e bem pago para a FAL tocar no famoso bar onde costumava se apresentar. Horas extras em troca de um bom dinheiro.

Aaron prometeu não demorar.

Mas não aconteceu.

Ele ainda não tinha chegado e não atendia as ligações, mesmo que o celular chamasse sem parar.

Não vencida pelo cansaço, peguei meu celular e fucei a agenda telefônica.

Disquei o número de Jason.

Desligado ou fora de área.

Provavelmente descarregou.

Tentei o plano B e, quando o celular de Colton começou a chamar, agradeci internamente por isso.

Ele atendeu.

— Colton?

— Oi. — ele praticamente gritou devido ao barulho próximo. Eu quase não conseguia ouvir sua voz em meio à barulheira de vozes e música.

— Aaron está aí por perto?

— Ele estava... Não estou vendo-o aqui agora. O cara sumiu. — disse com a voz meio pastosa e deduzi seu estado bêbado.

Franzi o cenho.

— A banda já tocou?

— Já sim.

— Hm, tenta localizar o Aaron aí e passa o celular pra ele, por favor.

— O que você disse? Não estou ouvindo. — notei que por conta do barulho ele não estava me compreendendo.

— Tenta passar o celular pra Aaron. Quero falar com ele. O celular dele apenas chama e...

Soltei um suspiro frustrado quando a ligação caiu.

Esperei alguns instantes para ver se a preocupação passava, mas a demora só piorou tudo.

Eu precisava saber se Aaron estava bem. Ele não tinha dado notícia há horas e eu estava me sentindo muito mal. Eu enlouqueceria se não o procurasse e checasse que estava bem.

Então fiz uma coisa que poderia ser descrita como loucura.

A apreensão foi tanta que rapidamente enfiei meus pés nas pantufas e me enrolei em um grande casaco pendurado perto da porta. Era de Aaron e me coube perfeitamente.

Ainda de camisola e enrolada naquele pedaço de pano, destranquei a porta e saí da casa.

A rua estava meio deserta e em pânico quase entrei para a casa novamente, mas não.

Eu precisava ver Aaron.

Algo estava errado.

Muito errado.

A adrenalina percorreu pelo meu corpo depois que tranquei a porta atrás de mim e então segui por aquela rua.

Aaron tinha me dito o nome do bar para o qual iria.

Ele se apresentou algumas vezes lá com a banda e não ficava muito distante de onde morávamos. Na verdade, eu costumava passar em frente ao estabelecimento sempre que ia para o mercadinho mais próximo.

Era um local de fácil localização.

E eu iria para lá.

Precisava ver Aaron e eliminar esta preocupação que estava me corroendo.


🔥🔥🔥

Preparem-se!

O próximo capítulo tá 🔥

Para Sempre, JulietOnde as histórias ganham vida. Descobre agora