capítulo 36: sem saída

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A reação de Madison foi tão repentina que quando me dei conta ela já estava bem perto de mim. Suas mãos apertavam e chacoalhavam meus ombros enquanto seus olhos raivosos me miravam.

Fiquei totalmente sem reação.

Era estranho ser alvo de tanto ódio.

— Você está... grávida? — gritou a última parte quase com desespero.

Fiz uma careta! As meninas ao redor apenas observavam a cena em completo choque.

— Sim. — sussurrei. Tentei tirar suas mãos dos meus ombros, mas Madison tinha ganhando uma força inexplicável.

— Do Aaron? — fiquei em silêncio. — Reponde! É dele?

— Claro que é dele. — resmunguei, puxando suas mãos dos meus ombros. Ela estava apertando tão forte! A muito custo, eu me soltei do seu aperto sufocante.

Madison deu alguns passos para trás, atordoada.

— Como é possível?

— Aaron e Juliet não se protegeram e aconteceu. — Janet respondeu sua pergunta.

— Aaron não se protegeu com você. — constatou em choque. — Ele está tão apaixonado que nem pensou em proteção. — disse para si mesma, e eu me surpreendi quando vi as lágrimas escorrerem pelo seu rosto maquiado.

— Madison...

— Sua vadia de merda! — gritou, deixando-me pasma.

— Como assim, Mad?! Você gosta do Aaron? — Mia questionou chocada, encarando a loira.

— Eu te odeio, te odeio tanto! — Madison simplesmente gritou e tentou avançar em mim mais uma vez, mas Donna e Raylee conseguiram detê-la.

Enquanto se debatia, Madison me xingava dos piores nomes possíveis. Ali constatei mais uma vez que ela estava cheia de ciúmes e gostava muito do Aaron. O fato de seu amor não ser correspondido a enlouquecia. Ela devia saber que eu não tinha culpa, mas ao invés disso, parecia pronta para me trucidar ali mesmo.

Agradeci o fato de o meu quarto ser capaz de inibir boa parte do barulho, já que seu isolamento acústico era muito bom. Mesmo assim, eu temia que meus pais ouvissem algo.

— Me soltem! Não vou tocar nessa vadia. — Madison gritou e a muito custo as meninas a liberaram.

A loira me encarou, e agradeci por ela não ter avançado novamente. Eu realmente não estava no clima para sair nos tapas.

— Nunca mais, Juliet! Nunca mais se dirija a mim, está me ouvindo? Eu te odeio e não desejo mais a sua amizade ou seja lá o que tivemos. Você é uma puta de marca maior. Eu que fui burra por não ter percebido isso.

— Pega leve, Mad. — Donna tentou apaziguar.

- Pegar leve? A sua amiguinha me feriu da pior maneira possível. Ela é uma cobra venenosa e...

— Já acabou? — me irritei. — Não fiz nada contra você. Você está sendo tão injusta.

— Injusta. — riu sem humor. — Você é uma péssima amiga. Na verdade, sempre foi. A partir de hoje, não quero sequer ver teu rosto. Te odeio com todas as minhas forças, Connelly. — disparou. — Espero que seja muito infeliz nesse seu relacionamento com o Aaron. Tomara que ele pise no seu coração. Só assim você irá experimentar a sensação de ser usada.

Com essas palavras absurdas, ela me deu as costas e saiu do quarto tempestuosamente.



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Para Sempre, JulietDonde viven las historias. Descúbrelo ahora