Capítulo 37.

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Recomeço.

Pov – Harry.

Sabia que Louis ficaria completamente sem direção, quando as pessoas começassem a lhe desejar felicidades. Não pensei que ele ganharia mais presentes do que as flechas, mas gostei de ver como todos gostam dele, e como Louis ficou lindo e constrangido.

─ Pediu que me dessem presentes? – Ele me envolve a cintura e me encosto nele, enquanto olhamos o lago a nossa frente, as águas plácidas e um tanto acobreadas, nego.

─ Tudo que fiz, foi espalhar que hoje era seu aniversário.

─ Obrigado, Harry, fiquei confuso, mas... eu...

─ Pode dizer que gostou, amor, não tem nada errado nisso.

─ Gostei.

Ele admite e beija meu pescoço, suspiro, é tudo tão bom que nem parece verdade. Eu chego a sentir medo, de algo surgir para nos tirar isso mais uma vez.

─ Que foi?

─ Só me deu um medo bobo, de tudo dar errado mais uma vez. Nem na prisão fui tão feliz.

Louis me vira para ele, tem um sorriso suave dançando em seus lábios.

─ Vai dar certo dessa vez.

─ Vamos explorar esse lugar? ─ Ele me pega pela mão, beija meus dedos presos aos dele e começamos a caminhar.

É mesmo um bom lugar, algumas boas casas ainda estão vazias e tenho fé que vamos ocupá-las com boas pessoas que estão por aí.

─ Quero ir lá no galpão onde encontrou as flechas, Oli diz que tem muita coisa lá.

─ Eu te levo, é bem legal, tem um arco de índio, sabe? Com flechas compridas, pensei em dar a você de presente, mas não faz muito seu estilo.

─ Como você sabe?

─ Vem ver então, duvido que use. – Entramos, seguimos direto para o tal arco e como eu disse, ele resmunga qualquer coisa deixando claro que eu tinha razão. – Eu disse. – Rio de Louis, ele detesta o arco e ser motivo do meu riso.

─ Idiota! – Louis olha em volta, tem armas e munição, cimento, tijolos e muitas ferramentas que não sei para que servem. – Podemos construir muito com tudo isso.

─ Acho que sim, não entendo nada dessas coisas.

─ Isso aqui serve para forjar o aço. – Ele me mostra uma mesa de madeira, ou algo assim.

─ Jerry era o cara das ideias. – Bruce diz, entrando e paramos para olhá-lo. – Um tipo de sabe tudo, cheio de ideias, fizemos muitos planos, mas ele morreu.

─ Sou bom em planos. – Aviso e Louis me olha torto. – Sou sim, amor, minha mente é brilhante. Não ligue para opinião dele, Bruce.

─ Cala a boca, Harry, o que sabe sobre forjar o aço?

─ Nada. – Dou de ombros. ─ Mas essas madeiras aqui, devem servir para vocês fazerem uma boa mesa de pôquer, quem sabe uma de bilhar também.

─ É o que digo. – Louis me puxa para ele, querendo me impedir de abrir a boca. ─ Eugene deve servir para isso, vamos trazê-lo aqui e tenho certeza de que ele pode pensar em muitas coisas.

─ Ah! É mesmo, amor, Eugene mentiroso é nosso sabe tudo, a começar por mentir. – Bruce nos olha sem entender muito. – Eu explico...

─ Outra hora, Harry. – Louis corta. – Vamos aproveitar nossa folga.

Caminhando Entre os Mortos | larry versionWhere stories live. Discover now