Capítulo 16.

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Sozinhos na estrada.

Pov – Louis.

Deixar Harry dirigir a moto foi uma decisão difícil, preciso que ele esteja seguro, mas também o quero feliz e esconde-lo não funciona. Não com alguém que fez as malas aos 17 anos e abandonou tudo, porque nunca soube obedecer às regras e eu admiro isso. Então só me resta cuidar dele sem torna-lo meu prisioneiro.

Harry dirige na velocidade limite, acabo sorrindo sozinho e os olhos grudados na moto a minha frente. Ao meu lado, Sasha presta tanta atenção na estrada quanto eu.

− Não vamos fazer tolices, só entramos se for completamente seguro. − Sasha avisa – E Luke, você precisa saber que procuramos ficar juntos em uma formação de proteção, somos realmente muito preocupados com a segurança.

− Aliás, o que deu em você, Louis? − Liam me pergunta – Deixar o Harry assim sozinho.

− Harry nunca está sozinho. − Eu aviso, não só para ele, quero que Lucas saiba disso, não acho que Harry está de todo errado em suas impressões. 

− Não mesmo. − Zayn continua, o dois se tornaram grandes amigos e tem em comum uma implicância com o novato.

− Queria que ele ficasse bem, ainda mais depois do que aconteceu com sua moto, mas vamos descobrir quem fez isso.

O tom fica ameaçador, sei disso e gosto que seja, se o homem tentar fazer algo a Harry, ou até mesmo ao grupo, eu o atiro para os zumbis.

A moto diminui a velocidade, estamos entrando na cidade e fico tenso. Harry segue em frente por dois quarteirões, então para a moto e faço o mesmo, desço quase correndo, a besta na mão, Harry me abraça mais uma vez.

− Eu sei que estamos em alerta, mas estou tão feliz. − Ele me diz sorrindo e sorrio de volta, enquanto o afasto. Agora mais do que tê-lo por perto, quero que fique em segurança.

Olhamos para o depósito à nossa frente, não chega a ser grande coisa, a cidade é muito pequena e o lugar parece já ter sido invadido antes.

− Não é grande coisa, mas vamos nos manter atentos e de preferência sem tiros. − Liam insiste, acho que assim como eu, ele fica mais tenso quando Zayn está por perto e hoje posso entender isso muito bem.

Sempre me preocupei com o grupo e com minha família, mas agora é totalmente diferente, simplesmente não posso aceitar a ideia de que algo aconteça a Harry, isso me mataria.

Abro a porta com a ajuda de um pé de cabra que sempre carregamos, a porta range quando abre e nos olhamos ao entrar. Primeiro um balcão comprido e algumas caixas pelo chão, um corredor largo se anuncia logo a frente e dos dois lados, portas de grades separavam as salas. A primeira grade estava erguida, não havia nada mais lá dentro, apenas algumas caixas abertas e o mesmo do outro lado. Ouvimos o barulho costumeiro dos zumbis, as grades começam a tremer e sigo na frente com Harry logo atrás de mim, minha besta erguida pronta, mas pela quantidade que ouvimos, ela seria inútil, mãos começam a tentar nos agarrar nas grades seguintes.

Fico preocupado e diminuo a velocidade, olho para trás fazendo sinal para termos cuidado, seguimos em frente. Os zumbis começam a sentir nossa presença, conforme vamos passando pelas grades, eles começam a força-las cheios de fome. Alguém tentou limpar o lugar colocando todos ali, talvez no começo da infecção, talvez depois, numa tentativa de manter a cidade, nunca vamos saber isso, mas são muitos.

− Harry! − Ouço a voz urgente de Zayn e me viro assustado, Harry era amparado por Liam, um segundo antes de cair nas grades, onde mãos frenéticas com certeza o agarrariam. Não entendo bem o que aconteceu, mas no segundo seguinte, ele tinha Lucas preso pelo pescoço, a mão apertando sua garganta com força e fico confuso.

Caminhando Entre os Mortos | larry versionOnde histórias criam vida. Descubra agora