Capítulo 36.

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Richmond.

Pov – Louis.

A placa de bem-vindo a Richmond surge nos causando um certo alívio, as primeiras ruas pela qual vamos passando, estão cheias de zumbis. É uma cidade grande, quase tanto quanto Atlanta, olhamos para Noah que observava tudo com olhos atentos.

─ Eu sei, zumbis para todos os lados, mas só precisamos atravessar a cidade e teremos os campos de volta, o rio e os muros da minha vila.

─ Que rio é esse, Noah? – Harry pergunta interessado.

─ Rio James, corta toda cidade, onde vamos viver tem um lago grande, formado pelas águas do James, até eu e meu pai partirmos, podíamos pescar e não faltava água.

Aquilo parecia bom, peixes seriam uma boa fonte de alimentos. Harry está alucinado com a cidade. Os olhos brilham é como se os zumbis não estivessem por todos os lugares, ele não consegue vê-los.

─ Olha, Louis, iates e barcos, ainda dá para irmos morar numa ilha.

─ Sei, me lembro do seu plano. ─ Ele sorri daquele jeito Harry, um sorriso esperançoso que sempre ilumina minha vida.

─ Washington não fica muito distante, chegamos aqui e podemos chegar até lá.

Eugene ganha muitos olhares de reprovação e a risada livre de Harry, ele se encolhe um pouco.

─ Eugene mentiroso de novo em ação. – Ele o provoca.

Oli está ao volante na cabine, Mich e Judy estão lá com ele. Os zumbis vão se aglomerando quando o caminhão passa, ficam alucinados tentando nos seguir e o clima vai ficando tenso, se dermos de cara com uma horda, não podemos voltar.

Uma hora atravessando as ruas do centro, as vezes fazendo curvas fechadas e em alta velocidade, outras a dez por hora e procurando caminhos alternativos. Mas por fim, deixamos o centro com seus edifícios e começamos a reconhecer um ambiente mais parecido com as redondezas da prisão, bairros com casas grandes e gramados, ou o que restou deles.

Agora tudo é sujo, sem cuidados e envelhecido, paredes descascando em função do clima, vidros e portas quebradas. Foi tudo tão rápido, tudo tão mortal.

─ Tinha mais de duzentos mil habitantes. – Noah comunica mais para si mesmo. – Duzentos mil e acho que não restou mais nada.

─ Noah, sabe que caminho seguir agora? – Abraham pergunta e Noah afirma.

─ Sim, estamos bem perto de ver minha família.

─ Como estava quando deixou esse lugar?

─ Tinha minha família, e muitas outras, o tempo todo chegava mais, deixamos muitas famílias instaladas. Estava indo tão bem que meu pai achou que era hora de buscar meu tio, mas minha mãe não ficou contente, ela e meu irmão ficaram, eu decidi ir com ele.

Oli para o carro, saltamos todos e nos reunimos, Noah está ansioso quando vê os portões do lugar onde vivia.

─ Achei melhor deixar o caminhão aqui e não precisamos ir todos, vamos nos dividir.

─ Eu vou e aviso que trouxe pessoas, serão bem recebidos, me salvaram, e de qualquer modo...

─ Calma, Noah! Acreditamos em você, mas pode não ter restado mais ninguém. – O tom de Oli é firme e Noah aceita. Harry e Beth trocam um olhar e se juntam a mim.

─ Vamos, Noah. Louis e Harry vão conosco. – Beth diz decidida.

─ Nós também vamos. – Oli avisa quando Mich puxa sua espada, depois de entregar Judy para o irmão.

Caminhando Entre os Mortos | larry versionWhere stories live. Discover now