Capítulo 8.

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Caçar, brigar e beijar...

Pov – Louis.

Claro que preferia mil vezes beijar Harry, a andar pela floresta atrás de esquilos e coelhos, mas temos pessoas para alimentar, ele inclusive. Além disso, a floresta está cheia de perigos, zumbis e quem sabe o tipo de sobreviventes que podemos encontrar, nem quero imaginar ele de refém mais uma vez.

Seguimos em frente e Harry me segue silencioso, eu sei que isso está lhe custando toda paciência, já que ele fala sem parar, mas é esperto e entende que preciso ouvir a floresta.

Mesmo sabendo que é perigoso, gosto que ele esteja aqui comigo. Harry me faz sentir tantas emoções diferentes, que não sei mais como classificar o que sinto e agora, parece que começamos algo. Eu quis falar sobre isso, tentar entender e dar um rumo, quem sabe até parar enquanto temos tempo, mas ele não quis ouvir e no fundo, acho que de nada adiantaria conversar, eu o beijaria de novo e de novo, simplesmente não consigo ficar longe.

Me viro para esperar por ele que caminhava um pouco mais atrás, tão perdido em pensamentos quanto eu. Harry tropeça num galho de árvore e cai, ele é bom nisso.

− Cacete! − Ele se levanta, a mão suja de barro e sangue. – Essa porra de galho me derrubou e olha o que fiz na merda da minha mão.

− É só te ouvir falar e logo se vê que estamos diante de um cavalheiro. − Eu digo me aproximando, como esse garoto pode ser tão único?

− Você e seus ouvidos delicados. − Harry resmunga e puxo o lenço no bolso de trás da calça.

− Deixa eu limpar para você.

− Esse lenço é de quem? − Ele pergunta quando me aproximo dele e seguro sua mão.

− Era do Niall. − Eu respondo e então ele puxa rápido a mão, eu o olho sem entender.

− Anda com um lenço do Niall no bolso? − Harry está mesmo bravo, eu posso notar, não sei bem o porquê, mas está.

− Bem, agora é meu. − Eu aviso. – Me deixa limpar isso para não infeccionar.

− Não vai passar o lenço do Niall coisa nenhuma.

− Deixe de ser ciumento, temos que limpar isso.

− Ciumento? Me chamou de ciumento? − Ele me encara cheio de raiva, decido esconder o riso, porque acho que isso vai irrita-lo ainda mais. – Quer que limpe a mão, aqui está. – Ele passa a mão suja de barro e sangue na minha camisa e me suja todo, faz questão de esfregar bem a mão, fico tão perplexo que não tenho reação. – Pronto, está limpa. − Ele me mostra a mão machucado e ainda suja, olho para ele e depois para minha camisa toda melada.

− Você só pode ter algum problema. Por que diabos fez isso?

− Vá para o inferno, você e esse seu lencinho delicado. − Harry me dá as costas e sai caminhando na frente.

− Tudo isso porque eu disse que é ciumento, me chama assim o tempo todo.

− Mas você é ciumento e eu... Eu... Cale a boca que não estou falando com você.

− Pois não parece, está falando comigo agora.

− Eu não estou mais falando com você.

Ele caminhava na frente, apresso o passo para poder alcança-lo, esse homem ainda vai me enlouquecer e sim, eu vou acabar completamente maluco, garoto infernal.

Harry não me olha, só caminha pela floresta e não sei muito bem para onde pretende ir, e eu definitivamente não preciso me explicar, mas não custa nada dar a ele uma satisfação.

Caminhando Entre os Mortos | larry versionOnde histórias criam vida. Descubra agora