Capítulo 28.

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Sozinho.

Pov – Harry.

─ Nossa, você se lembra da minha luta épica sob a água? ─ Eu lembro enquanto estamos na cozinha, comendo pasta de amendoim e tomando refrigerante sem gelo. Essa merda de apocalipse, que saudade de uma coca gelada e pipoca na frente da tv.

─ Que raiva que me deu de você naquele dia, garoto infernal. ─ Louis pisca para mim, sei que está brincando e que nunca teve realmente raiva de mim, nem nos momentos mais difíceis que vivemos.

─ Mas admita, sou o maior matador de zumbis do planeta. ─ Faço um movimento amplo, ele revira os olhos.

─ Claro e o maior idiota do universo. ─ Ganho um beijo leve, estou adorando esses momentos, tanto que dá até medo.

─ E uma delícia. ─ Ele ri, bebe uns goles da bebida e apoia o copo na mesa. – Que direção vamos seguir?

─ Vamos só sair por ai, uma hora achamos um lugar ou podemos ficar. Se por um acaso, mudou de ideia sobre esse lugar.

─ Prefiro sair por ai, não vou morar numa funerária, sem contar que as pessoas podem voltar.

─ Sim, senhor, você que manda.

─ Acho que está querendo se dar bem, senhor Tomlinson.

─ Acho que estou mesmo. ─ Ele me puxa para seu colo, eu o beijo, lambuzo seus lábios com pasta de amendoim e o beijo de novo. – Que garoto sedutor. ─ Ele diz, me puxando para mais um beijo.

─ Apaixonado! ─ Respondo. – E casado, sou um homem de família. ─ Mostro meu anel, ele beija meus dedos e nos olhamos um instante.

─ Me salvou, de todas as maneiras que alguém pode ser salvo, tirou algo de mim que me envenenava a cada dia.

─ Não, amor, não fui eu, foi você. Seu amor que fez as coisas mudarem.

─ Meu amor por você, o garoto com a boca mais suja e o rosto mais lindo do planeta.

─ E a maior idiota do universo. ─ Rimos e nos beijamos de novo.

─ Pode apostar. ─ Ele diz, me lembro do baralho e dos jogos de pôquer, é das coisas que mais sinto falta, os momentos sem preocupação.

─ Sempre perco minhas apostas, fiquei devendo... – Me calo, não quero me lembrar, estávamos indo tão bem, não quero e não posso ficar triste. – Não me deixa lembrar, quero esquecer tudo isso.

─ Posso faze-lo esquecer. ─ Louis me beija, passa as mãos por dentro de minha blusa, faz meu coração disparar e está certo, me esqueço de tudo.

Me carrega no colo para a sala, os raios de sol escapam para dentro, pelas frestas da cortina e dão uma iluminação romântica ao lugar. Me esqueço onde estamos, só quero ser dele, vamos nos despindo e nos enroscando um no outro, sabemos sempre como nos agradar, treinamos muito.

─ Gosto quando me toca assim. ─ Sussurro.

─ É meu, meu garoto infernal e uma delícia. ─ Ele diz, antes de tomar meus lábios, tudo fica voraz, de algum jeito, as coisas esquentam cada vez mais entre nós. Acho que no fundo, é apenas medo que acabe e essa incerteza, a falta de um amanhã nos deixa intensos de um jeito que nunca fomos, ávidos um pelo outro.

Nos movimentamos juntos, entregues e sentindo as reações que um provoca no outro, saboreando o momento como se nunca mais fossemos ter outro.

Então é aquela sensação de paraíso, de viajar para longe, de abandono e nos separamos um pouco, deitados um ao lado do outro, nos olhando fixamente.

Caminhando Entre os Mortos | larry versionWhere stories live. Discover now