Mistério.

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Eu não quis contar para Minho o motivo da minha chateação com Daffyne, não diria que o motivo era o fato dela indagar demais sobre minha vida íntima.  

O trajeto até a mansão foi em silêncio, às vezes Minho explicava como era o cofre, o tamanho e tudo mais a respeito da segurança.  Eu ouvia com calma enquanto olhava a paisagem.

Chegamos na enorme mansão, os portões majestosos que davam acesso à enorme casa foram abertos e entramos ali. Um jardim invejável, com árvores e flores, sem contar na bela entrada.  Minho estaciona o carro e assim descemos.

?: Senhor Lee, bom dia! - Um rapaz simpático nos recebe. - Olá, senhoritas!

— Olá. - Sorri simpática.

Minho: Choi, está tudo em ordem? - Pergunta começando a caminhar para a escadaria que levava para a porta principalmente.

Choi: Em perfeita ordem. - Sorriu. - A senhorita Yoon, me disse que Bang Chan ordenou que fizéssemos uma faxina rigorosa em toda a mansão.

Minho: Sim, é que planejamos vir morar aqui.

Choi: Finalmente. Pensei que nunca iriam morar aqui. - O rapaz me olha sorrindo e Minho nota.

Minho: Vamos amor, vou te mostrar o lugar. - Me puxa para mais perto.

— Tá com ciúmes? - Pergunto baixinho, próximo ao seu ouvido e ele apenas revira os olhos e bufa. - Minha nossa. Já se olhou no espelho hoje, Lee? Parece que não sabe quem eu sempre vou escolher.


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Minho me mostrou tudo na casa, inclusive o cofre, que tinha o mesmo tamanho do meu em Dubai. Quase não acreditei quando vi, mas fiquei aliviada por ser do tamanho exato e ser muito seguro.  Depois disso, com a ajuda da Daffyne eu programei o sistema de acordo com o que queria, senhas e etcetera.    Demoramos horas ali, o resultado foi o esperado. 

Me levantei da cadeira onde estava e me espreguicei, e saí dali. Daffyne estava tirando a paciência de Minho. Era incrível como ela é insuportável. 

— Tudo pronto. - Digo bocejando e me jogando no sofá entre os dois. - Agora tudo que precisamos é nos mudar, certo?  - Pergunto para ele que estava com uma cara.

Minho: Sim. - Diz entediado. - Você terminou de fazer tudo? Só faz três minutos que essa praga está ao meu lado e ela não me deixa em paz, S/n.

Daffyne: Praga é a… Ah, esquece.

— Vamos voltar para casa então. - Digo me levantando e eles levantam logo em seguida.

Daffyne me fez deixar Minho passar na nossa frente e entrelaçou nossos braços.

Daffyne: Aya, tem algo errado com ele. - Ela diz baixinho próximo ao meu ouvido. - Ele recebeu uma ligação e agora não para de olhar cada notificação que chega, sem contar na fúria e essa preocupação.

— Merda. - Sussurro preocupada.

Daffyne: O que está acontecendo? - Eu fico calada e ela me sacode. - Você sabe, não sabe?

— Quando chegarmos eu te digo. - Seguimos para fora da mansão onde Minho já nos esperava dentro do carro. Assim que entramos ele deu a partida e apenas ignorou nossa presença ali.

Podia ver o olhar assustado de Daffyne pelo retrovisor, suspirei e tentei tirar meus pensamentos de Minho, quando eu chegar em casa eu vou tentar convencê-lo a me dizer.

Bang Chan On.

Estava mais uma vez revendo as imagens das câmeras, não tinha sucesso em nada. Estava tudo estranho, nenhuma imagem suspeita a não ser o movimento da rua.  

Me levantei da cadeira e comecei a andar pelo quarto, eu só tinha uma suspeita, mas isso seria impossível, e se for coisa da minha cabeça?

Felix: Não achou nada ainda? - Pergunta assim que entra no escritório e eu nego. - Nenhum rastro de quem possa ser?

— Não vi ninguém suspeito ainda, ninguém entrou na casa. E se entrou conseguiu acessar a sala de segurança e apagou as imagens deles ou dela.

Felix: Mas você desconfia, acabou de insinuar ele ou ela.

— Seria loucura já que depois que enterramos a S/n e demos ela como morta fomos atrás deles e não os encontramos em nenhum lugar.   - Passo as mãos no rosto. - Então eu acho que não pode ser aqueles dois.

Felix: Não os encontramos, então podem estar mortos ou vivos. Esse é o problema. Temos que voltar o mais rápido possível para a Coreia. Hyung, a S/n e a Daffyne estão lá, e você sabe que se aqueles dois estiverem vivos e descobrirem que a S/n tá viva eles vão caçar ela.

— Ele vai caçar no inferno! - Digo furioso me acalmei para poder continuar. - Ele não vai atacar ela, e sim os gêmeos e a Daffyne. A S/n está mais treinada que todos nós, mas se pegarem os três filhos dela, ela não vai pensar duas vezes, Felix.

Felix: Bom, você é o líder. Diga o que faremos.

— Reúna os meninos e mande-os arrumar as malas. Peça aos nossos sogros para cuidarem dos gêmeos, vamos voltar para a Coreia e investigar tudo de perto.

Felix: Tudo bem.  Ah… Chan e o que devo fazer com Meghan?

— Ligue para a S/n e diga que precisa daquela vadia, querendo ou não ele é eficiente no trabalho de espiã. Só não fica sozinho com ela. - Ri da cara dele e o mais novo revirou os olhos.

Felix: Chan eu sou o mais forte entre os oito, se eu digo um não é não. - Diz todo cheio de si e eu para do rir.

— Cuide de tudo para mim, preciso falar com Minho, ele quer matar as pessoas que não tem nada haver com isso.

Felix: Mas ele está certo em querer se livrar daqueles idiotas. Eles só atrasam os nossos negócios.

— Veremos isso depois. Agora precisamos proteger nossos filhos e nossa mulher.

Felix: S/n… vamos supor que precisamos proteger apenas as crianças, se bem que…

— Pare de falar, se nos convencermos disso pode dar errado no final.

Depois de discutirmos sobre mais alguns detalhes ele saiu e eu voltei a investigar aquelas pessoas, demoraria, mais eu iria descobrir logo.

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