Infantis.

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— O que foi? - Perguntei para todos que me olhavam como se eu fosse uma criatura de outro mundo.

S/m: Nada querida, só vendo como você mudou. 

— Ah, por favor… - Fechei os olhos com força e respirei fundo para tentar manter a calma. - Eu preciso de um tempo sozinha.

Alessandro: O que faremos com o corpo daquela garota?

— Queime.

Hyunjin: Você iria querer isso para si mesma? - Se levantou furioso.

— Se gostava tanto dela e quer enterra-la como uma mulher certinha, faça você, mas nunca mais olhe na minha cara e nem entre na minha casa.

Hyunjin: Está brincando com a minha cara, só pode.

— Quer testar pra ver? - O desafiei e ele chegou mais perto e eu o empurrei. - Você, ou melhor, vocês! Um bando de idiotas que trouxeram putas para dentro da minha casa, está tão irritado por ela está morta? Pois bem, acho melhor parar por que em breve aquela ruiva desgraçada vai estar também, por que eu não me esqueci do dia em que ela quase matou minha filha propositadamente.

Hyunjin: Ela não seria capaz de matar a minha filha, não mesmo.

Felix: Ela colocou a Dae dentro daquela sala, Hyunjin! Não finja que não sabe.

Hyunjin: Ela é sua namorada.

— Ok, quantos namorados eu tenho? Dois comprometidos  então são só seis, não é mesmo?

Hyunjin: Não sou comprometido com ninguém, só não concordo com o que você e o Minho fizeram. - Sorri desacreditada.

Minho: Eu matei ela mesmo, vai fazer o que? - Se levantou ficando cara a cara com o Hwang.  - Anda Hyunjin, cadê o homem dentro de você? - Hyunjin o olhou com ódio. - Ops, não está mais aí.  Eu matei aquela vadia por que ela iria fazer mal a minha mulher e você sabe que aqui qualquer um mataria por ela, por que está assim?

Hyunjin: Ela não fez nada.

Minho: Você chorava ao lembrar dela. - Apontou para mim. - E agora que pode viver ao lado dela está aí protegendo outra, que já está morta.   

Chan: Dá pra parar?

— Eu vou pro meu escritório. - Sai daquela sala apressada.

Alessandra: Se não fossem infantis, agora estaria tudo bem…

》Han Jisung On《

Hyunjin: Eu não estou sendo infantil, ela matou alguém inocente.

— Chega! - Gritei perdendo a paciência. - Você não entende nada! Fica aí protegendo uma qualquer enquanto a sua namorada está mal por estar sendo acusado injustamente. 

Hyunjin: Injustamente?

— Sim. A Mia a provocou, a S/n não é mais uma covarde como antes, agora ela é o que um dia tentamos torna-la, sangue frio, inteligente e sabe lidar com sentimentos.  

Alessandro: Sentimentos não, ela ainda não sabe como controlar.  - Acalmou Hyunjin. - Eu estive com ela durante esse tempo e garanto que ela não consegue controlar os seus sentimentos. Vocês chegaram aqui pressionando ela, forçando-a a se lembrar do passado que ela jurava não ter vivido, é difícil viver tudo isso em pouco tempo, por favor, parem com isso e sejam homens sábios para deixá-la bem.   Essa discussão não levará a nada, só é uma boa carona até a ruína desse relacionamento conturbado.

Minho: Mas…

Alessandro: Eu sei que o que fez foi demonstrar seu amor, mas há coisas mais tocantes do que mostrar que é capaz de matar pelo seu amor, está na hora de crescer meninos e isso vocês devem fazer aprendendo com seus erros.

— Eu vou pro meu quarto. - Limpei minha boca e me levantei da mesa seguindo para fora da enorme sala de jantar.  

Andei lentamente até a escada e subi degrau por degrau com um imensa culpa em meu peito.  Tudo isso estava saindo do controle, não deveríamos brigar por idiotices.    Não me importa com a vida da Mia, ela já foi tarde mesmo, eu a odiava com tanta força que me vi prestes a decapitá-la mas Minho chegou primeiro.  Não é de hoje nem de ontem que odeio as mulheres que se relacionam conosco, por isso eu acabei matando algumas discretamente.

Passando no corredor principal do segundo andar a enorme porta amadeirada me chamou atenção, era convidativo entrar ali quando sabia que ela estava lá, mas talvez ela queira privacidade já que está tão irritada e magoada.   

Passei direto sem olhar para o lado, mas ao parar quase do fim eu olhei para trás e não consegui seguir em frente e voltei.

— S/n! - A chamei dando várias batidas na porta, mas ninguém respondia. - Abre por favor. - Dei mais algumas batidas mas ela não atendeu, girei a maçaneta e a porta se abriu e ela não estava ali.   

Onde você deve estar?

 S/n: O que você faz aqui? 

Ela saiu de um outro cômodo.

— Eu só queria saber se está tudo bem.

S/n: Sim. Agora que já sabe saia.

— Podemos conversar se quiser.

S/n: Eu não tenho nada pra falar.

— Mais eu tenho, e espero que possa me ouvir. - Fechei a porta e tranquei.

S/n: O que você quer? Veio me julgar também?

— Não. - Me aproximei e me sentei em sua mesa. - Eu vim me desculpar por ter deixado tudo isso acontecer.

S/n: Mas você não fez nada. - Disse confusa e eu sorri.

— Se eu não te fiz nada, por que quer me expulsar? 

S/n: Você jogou sujo agora.

— Você acabou de dizer que eu não fiz nada, então obviamente posso ficar aqui o tempo que eu bem entender.  

S/n: Eu quero ficar sozinha, Han.

— Eu quero te conhecer novamente, há três anos você era uma mulher bem diferente de hoje.  Quero conhecer a minha namorada, então vamos começar… o que você sente por mim?

S/n: Você sab…

— Eu não sei, quero ouvir novamente, o que sente por mim?

S/n: Nada mudou a esse nível, ainda amo você e os outros. Você ainda é o meu namorado.

— Nada mudou mesmo? - Perguntei me aproximando mais até juntar nossos corpos. - Nada? - Ela negou.

S/n: Eu ainda sinto tudo, lembro de tudo, não consigo me confundir. Eu amo você.

— Eu quero ouvir isso sempre. -  a envolvi em meus braços e ela retribuiu me abraçando da mesma forma e deitando a cabeça em meu peito. - Me desculpe por aquilo lá embaixo, o Hyunjin só…

S/n: Ele gostava daquela mulher? - Fiquei quieto. - Han, me diz por favor… o Hyunjin e ela tinham uma relação muito forte?

— Isso não importa agora, quanto menos você souber, menos doera. 

S/n: Ele já me machucou mesmo, o que pode doer mais?

— Que ele namorava escondido para tentar te esquecer. 

S/n: Não… Hannie, me diz que é mentira.

— Ela ia ser a mãe dos seus filhos.

S/n: Pois que ela queime no quinto dos infernos, meus filhos ninguém toma! E o hyunjin que se foda!

— Não seja malvada, amor. - Disse manhoso e rindo, aquele era um de seus pontos fracos.

S/n: Vou ser mais malvada quando estivermos no seu quarto. 

— Podemos ir logo? Estou morrendo de saudades.

✦ 𝖬𝖠́𝖥𝖨𝖠 - 𝗦𝗧𝗥𝗔𝗬 𝗞𝗜𝗗𝗦 ✦ Where stories live. Discover now