Naruto ou Dragon Ball?

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olá, pessoal! estou finalmente aqui com uma nova atualização; espero que estejam todos bem e que tenham tido um ótimo natal. Boa leitura!💜

»Kim Dahyun«

Há algo impressionante sobre o tempo;

É uma insinuação clichê, da qual todos já estão fartos, mas se encaixa perfeitamente no âmbito em que me encontro: ele passa rápido quando nos agarramos emocionalmente aos momentos que dele dependem, e tende a atrasar os ponteiros dos relógios quando temos pressa. É quase como se fosse um senhorzinho carrancudo, indisposto a dar àqueles que tem muita vida pela frente, tempo para se aproveitar, e àqueles que já estão na linha tênue entre a vida e a morte, um limite agourento e breve.

A impaciência do tempo se tornou mais pronunciada nesta última semana no acampamento; as horas passaram como grãos de areia arrastados pela brisa marítima, mergulhando os campistas em dias que passavam em um piscar de olhos.

Quando voltamos para o acampamento, após o passeio entusiasmante na cidadezinha próxima, tínhamos em mente a maravilhosa expectativa de permanecermos juntos por mais uma gloriosa semana; semana, esta, que se transformou em seis dias, em cinco, em quatro, em três, em dois.

Em um dia para aproveitarmos antes de regressar à vida real.

Quando dei por mim, estava acordando mais uma manhã ao lado de Sana, apreciando o fato de poder sentir seu corpo em contato com o meu, enquanto pairava sobre nós um tic-tac infernal, ansiando pelo momento em que teríamos de nos separar.

O tempo estava passando, e ele parecia ter pressa.

Não posso dizer que essa semana que se passou foi um desperdício, por mais que não tenha sido o suficiente para eu me sentir inteiramente bem com a ideia de abandonar tudo isso e voltar para casa. Foi uma semana divertida, confortável, branda, agitada e barulhenta, tudo que o acampamento prometia ser, de fato.

Tivemos palestras muito divertidas e participativas com algumas freiras simpáticas do acampamento, tivemos uma aula de catequese bem interessante com o padre, participamos de gincanas promovidas pelos funcionários do acampamento, em que foi ignorado a distinção de times nas formações das equipes, o que nos proporcionou ainda mais diversão e confraternização. Durante um dia de chuva, nos reunimos todos no interior quente do prédio principal, em especial numa sala adornada por objetos e adereços artísticos, onde fomos incentivados a preencher uma tela em branco com os nossos sentimentos do momento, tingindo-a com as cores que quiséssemos, algo que culminou em vários campistas com as roupas mais coloridas do que estavam quando adentraram a sala e bastante bagunça.

Tive, também, um ótimo dia na companhia do time vermelho, aprendendo com um instrutor qualificado a cuidar, montar e direcionar um cavalo, aula a qual eu aproveitei para conhecer melhor um dos grandes amigos de Minatozaki Sana: Oscar, o equino.

Em um dia onde o sol estava particularmente interessado em nos proporcionar em primeira mão a sensação de insolação, aproveitamos a oportunidade para nos atirar ao lago, brincar com as mangueiras, pular entre os irrigadores do jardim e atirar uns nos outros com bexigas cheias de água.

Foi um bom período de tempo, também, para aproveitar o máximo os momentos a sós com Sana, em que estivemos ainda mais necessitadas na companhia uma da outra, dos toques físicos despretensiosos, das trocas de olhares e sorrisos, coisas que em breve seriam tiradas de nós, querendo ou não.

Aproveitamos muito, mas infelizmente nunca seria o bastante para suprir em antecipação a angústia de saudade que sentiríamos quando estivéssemos longe uma da outra.

Acampamento A.GWhere stories live. Discover now