Cantadas Baratas;

419 47 28
                                    

»Kim Dahyun«

— Okay, entendi;

Por mais incômodo que tenha sido escutar o tom cético da minha mãe ao questionar o porquê de eu querer permanecer no acampamento durante mais três semanas, eu não conseguia conter um sorriso enquanto me despedia da mulher.

— Tá, mãe, já entendi… Aham… Sim, sim… Certo, obrigada! Tá, mãe, até mais.

Desliguei apressadamente, enfiando o telefone no gancho, sem dar mais oportunidades para ela continuar a tagarelar. Virando-me num gesto lento e adornado de suspense, encarei as minhas acompanhantes de sempre: Momo, Sana, Mina e Chaeyoung, que estavam espalhadas pelo escritório de Nabi, fitando-me com interesse e ansiedade.

O sorriso largo que se espalhou por meus lábios foi inevitável.

— Ela deixou eu ficar! — exclamei, feliz. Com certeza foi a melhor notícia da semana, e olha que ela tinha acabado de começar.

As meninas comemoraram com exclamações altas que logo foram abafadas por si mesmas, pois Seo Nabi estava aguardando do lado de fora do escritório e ninguém queria ser repreendido. Mas eu me senti ainda mais alegre ao notar a felicidade delas por eu poder ficar.

Sana já tinha confirmado sua presença no sábado, quando sua avó visitou o acampamento e me deu um ultimato. Momo e Mina confirmaram com seus responsáveis no dia seguinte, domingo, e não precisaram de muito tempo no telefone fixo, apenas explicaram que, como sempre, gostariam de permanecer no acampamento por mais algumas semanas e ganharam a permissão. Chaeyoung já tinha avisado aos pais que permaneceria no acampamento antes mesmo de se iniciar o período de estadia, mas teve de ligar para os mesmos antes de mim apenas porque Nabi precisava de uma comprovação.

— E então? — a supervisora chefe indagou, ao adentrar o escritório, provavelmente guiada pela nossa gritaria.

Expliquei a ela brevemente que meus pais tinham concordado com minha decisão de permanecer no acampamento, mas que também pediram para avisar à Seo que ligariam com mais frequência para saber das minhas “novidades”.

Nabi não pareceu surpresa, e fiquei imaginando o quão cansativo devia ser ficar recebendo ligações de pais como os meus o dia todo. Saímos da sala sem mais estardalhaço, e ao alcançar o espaço circular novamente, onde apenas alguns campistas ainda se encontravam — o horário do café da manhã tinha acabado há pouco tempo —, Sana se pôs à frente de grupo e começou a andar de costas para o nosso destino, seja lá qual fosse ele.

Meu semblante se fechou, me dava agonia vê-la andando assim.

— Querem fazer o que agora? Tô cansada de ficar só no chalé, vamos passear pelo jardim, é muito bonito lá.

— Mais tarde, talvez — Mina respondeu, suspirando. — Temos tarefas a fazer agora, lembram?

Murmúrios de insatisfação soaram, vindos, inclusive, de mim. Tendo me recuperado do ferimento na perna, eu não podia mais fugir das tarefas.

Sana levou os olhos ao céu, frustrada.

— General Jihyo já deve até estar designado as tarefas, vou embora.

Minatozaki então tentou voltar ao prédio principal, mas foi impedida por Chae e Momo, que entrelaçaram seus braços aos dela, e continuaram a andar em direção aos alojamentos.

— Traíras.

Mina e eu soltamos risadinhas baixas enquanto Sana continuava a tentar escapar dos seus carcereiros, sendo esse um esforço em vão. A ruiva infelizmente estava certa, quando chegamos ao chalé, logo fomos expulsas do mesmo, já tendo em mente que seria uma manhã agitada. Nos separamos então, Momo e Sana se juntaram a Seungmin e Jeongin para recolher as hortaliças que seriam utilizadas no jantar, enquanto Mina, Chaeyoung e eu acompanhamos Nayeon até o jardim para regar as plantas, o que era decididamente o trabalho mais fácil, mas também o mais demorado, porque o jardim era imenso, se estendia até onde os olhos não eram mais capazes de distinguir flores de mato alto.

Acampamento A.GNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ