Brian May #9

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Atendendo aqui ao pedido da lex47e e, também innueendoo e espero que gostem! <3 Mil perdões a demora para postar!!!

✨ 𝐓𝐡𝐞𝐫𝐞 𝐎𝐧𝐜𝐞 𝐖𝐚𝐬 𝐚 𝐍𝐨𝐭𝐞 ✨

O ano era 1970. Brian estava no estúdio caseiro de seu apartamento com sua namorada, S/N. Ele gostava de chamá-la lá para ouvir os novos álbuns que ele havia comprado. Na maioria das vezes, ele não conseguia se segurar e ouvia aos discos novos antes, sozinho, então, quando a namorada chegava para ouvir, ele costumava fazer seu discurso sobre o que havia achado do álbum e sua opinião sobre cada uma das faixas antes de colocá-lo para ela escutar. A maioria das pessoas podia achar aquilo irritante, mas S/N gostava de ouvi-lo, todo empolgado, falando sobre música... Ela amava o brilho nos olhos dele quando fazia seus discursos, por isso, não se importava nem um pouco de passar uma meia hora ouvindo-o falar antes de, de fato, ouvir os Kinks, ou os Stones, ou Joan Baez...

O disco da vez era Tommy, do The Who, lançado no fim do ano anterior. Brian estava no meio de seu discurso sobre como havia gostado do álbum, apesar de extremamente complexo, quando precisou sair correndo para tirar a água do chá do fogo. Ele não ligava muito para chá, mas como S/N gostava muito, sempre fazia quando ela ia visitá-lo - ou seja, praticamente todo dia.

Agora lá estava a garota, totalmente sozinha no imenso e bagunçado estúdio do namorado. Ela sempre achara todos aqueles equipamentos extremamente fascinante, sem contar, claro, com a decoração peculiar, bem a cara de Brian. S/N começou a andar pela sala, observando tudo mais uma vez, sorrindo sozinha ao imaginar o namorado ali, concentrado, trabalhando em suas músicas...

Então, ela chegou ao piano, passando a mão pelas teclas sem apertá-las... Sentou-se no imenso banco de madeira - que, por seu tamanho, poderia comportar até umas três pessoas - e, sem conseguir se segurar, começou a dedilhar as teclas, apenas para ouvir o som ressoando. Ela sempre havia achado aquele um instrumento muito bonito, apesar de nunca ter aprendido a tocar.

Porém, seguindo sua lógica - e usando de seus escassos conhecimentos musicais -, começou a tocar de forma vagarosa, apenas intercalando o toque do dedo indicador e médio, a Nona Sinfonia de Beethoven, testando as notas e achando aquela que melhor se encaixava. Então, nesta base de tentativa e erro, conseguiu encontrar todas as notas primordiais e bem conhecidas do início da música. Sorriu ao perceber que havia conseguido e fez a sequência novamente... E de novo...

Ela estava tão empolgada por ter conseguido tocar uma melodia - mesmo que simples - que nem percebeu que Brian a observava, apoiado ao lado da porta, sorrindo que nem besta, encantado com a felicidade dela diante de sua façanha. Quando ela terminou mais um ciclo - que já deveria ser o quarto, mas o único que Brian pegou inteiro -, seu namorado aplaudiu, fazendo-a levar um susto e se virar para trás, a tempo de vê-lo ali com um sorrisinho orgulhoso, se aproximando dela. Ela corou e sorriu.

-- Parabéns, meu bem! Arrasou! -- Ele elogiou, chegando ainda mais perto até conseguir apoiar o pé no mesmo banquinho de madeira que a namorada se encontrava sentada. Ela desviou os olhos de maneira dengosa, sorrindo.

-- Ah, obrigada... Foi algo tão bestinha... Eu nem sei fazer acompanhamento... -- S/N respondeu, apertando novamente uma tecla aleatória do piano, fazendo uma nota soar.

-- Ora, mas se você continuar ensaiando, logo conseguirá... -- O rapaz respondeu, sentando-se ao lado da namorada no imenso banco de madeira, a empurrando levemente pro lado com o quadril, confortável com o calor do contato de seus corpos. Então, estralando os dedos, os posicionou sobre as teclas.

Too Much, an Imagine Book! 2 - (Livro de imagines - Astros do Rock)Where stories live. Discover now