Capítulo Quinze - II

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#NaoConfieNasCartas

#FantasmaPark


Capítulo Quinze

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Kim Taehyung estava sentado na sua mesa própria da sala da Unidade reservada para a equipe Alfa. Em sua frente estava seu notebook e aberto nele, estava o pendrive dado por Jungkook. Ele não tinha dado tanta importância para a identidade falsa, nem mesmo para o revólver, todos os projéteis e muito menos para o celular de Jeon, sua atenção estava voltada para os áudios e os documentos em sua tela.

Ele tinha ouvido um dos áudios, então precisou fazer uma pausa antes de ir para o próximo porque suas mãos estavam frias e sua mente nublada. Ele tinha lidado com muitos criminosos; ladrões, assassinos, pedófilos, todo tipo de escória, porém nunca chegou a pegar um caso em que o próprio pai torturava o filho daquela forma. Sim, já tinha pegado casos de Síndrome de Estocolmo, mas os agressores sempre machucavam a vítima fisicamente, a maior parte da agressão era física, mas com Santiago e Jungkook era de outra forma. Santiago machucava Jungkook psicológica e indiretamente, matando e machucando pessoas que Jungkook se importava bem na frente dele. Todos esses anos e ele nunca notou. A irritabilidade, a proteção exagerada com o próprio filho, a dificuldade em se socializar... Ele nunca parou para analisar tal comportamento.

Jungkook era um subordinado tão bom, que Taehyung acabava rindo das pirraças de Lalisa para com o primeiro, bem como da bajulação exarcebada de Yeonjun. Jungkook era tão bom, que ele achava que o comportamento dele fosse próprio da personalidade.

Errou. Ele falhou como inspetor chefe.

Além disso, aquilo não era tudo, não mesmo. Em um daqueles áudios falava sobre o pai de Jimin. Sua mãe separou-se de seu pai quando ele tinha cinco anos, depois de um tempo sozinha, ela casou-se com Hyunbin, e no ano seguinte teve Jimin. Hyunbin não era uma má pessoa, na verdade, mesmo ele não sendo filho do homem, este não fez distinção alguma entre Jimin e ele. Porém, ele nunca foi tão apegado quanto Jimin. Ele tinha o próprio pai, mesmo só o vendo durante os finais de semana. Ele viu seu pequeno irmãozinho crescer e seguir cada vez mais os passos do pai, porque a verdade é que sua mãe evitava o confronto direto. Ele nunca pensou sobre, mas naquele momento percebia que pelo julgamento familiar, Haesoo tornou-se cada vez mais ausente na vida de Jimin, para não ter que encará-lo e se lembrar das críticas.

Hyunbin sempre foi uma boa pessoa para ele e consequentemente foi o herói de seu irmão. Se Jimin soubesse que seu pai trabalhou e foi morto por Santiago, pelo pai do homem que está, muito provavelmente, apaixonado, talvez Jimin não pudesse suportar. Contudo, sua mente sempre era cheia demais para únicas sugestões. Mesmo cuidando e assumindo figura paterna para seu irmão caçula, ele precisou admitir que não era pai do mais novo, precisava parar de subjugar a força de Jimin, ainda que naquela circunstância.

Seu irmão, seu pequeno irmãozinho que não gostava de tomar banho até ele dizer que médicos precisavam cuidar da própria saúde, era um homem agora e já tinha suportado muito. Então, concluiu que a verdade é que ele não julgava seu irmão como alguém fraco e vulnerável, ele só não queria que Jimin sofresse mais. Um dia, quando tudo acabasse, ele contaria, diria a verdade para Jimin quando pudesse fazer a justiça acontecer.

Além disso, ele não poderia se perder naquelas questões, ele tinha acabado de ouvir a tortura feita por Santiago, sobre a morte de Hyunbin e a confirmação da participação de Kim Namjoon. Quando voltou a ouvir o segundo áudio, sentiu o estômago embrulhar, porém a ansiedade era inegável. Ele estava com todas as provas em mãos. Jungkook basicamente resolveu o próprio caso. Mesmo em uma situação tão desumana, não conseguiu não sorrir e pensar sobre o quão excepcional aquele detetive era, porém, muito mais que isso, ele não conseguiu não pensar sobre o quanto Jungkook era forte.

O Delator de Copas - JikookOù les histoires vivent. Découvrez maintenant