Capítulo Seis

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Capítulo Seis

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"Ele estava sentado em uma espreguiçadeira de madeira ao lado da outra ocupada pelo Comandante. Não estavam na beira de uma piscina, nem mesmo tinha um sol sobre suas cabeças, tudo ao seu redor apenas estava engolido pela escuridão da noite, nem mesmo no céu noturno havia uma lua.

Você não vai comer, mi hijo?

Ele virou o rosto num ato conciso na direção da voz grossa.

Preciso voltar para casa.

O velho enfiou a mão dentro do balde de pipoca e levou o punhado até a boca sem desviar os olhos da tela a alguns metros, onde passava um dos filmes da franquia de Alice No País Das Maravilhas.

Você sabe a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha, Delator?

Há mais de uma interpretação, senhor.

A risada pesada e gutural adentrou sua audição.

Qual a situação de Kim Taehyung? — El Capo perguntou quando cessou o riso doentio.

Estou o observando como posso, ele não está tão perto, mas desconfio que esteja escondendo informações de sua equipe.

Há algo que precisa fazer.

Ele sentiu aquelas falas causarem peso em sua mente e certa euforia em seu peito.

Investigue Kim Taehyung. Eu quero conhecer sua fraqueza, quero o máximo de informações possíveis, desde sua bebida à sua pessoa preferida apoiou sobre seu ombro coberto pela camisa, a mesma mão que pegou a pipoca, então apertou a região. Você fará isso para o seu pai?

Farei sim, senhor respondeu com firmeza, porém submisso a quem tanto admirava."

#NaoConfieNasCartas

#FantasmaJeon


Seu primo, Choi Soobin, havia conseguido passar no exame da Ordem, o que seria ótimo, claro, antes não fosse o jantar que sua mãe iria dar em comemoração. Jimin nunca quis tanto que alguém pedisse para ele trocar de turno, Jimin nunca quis tanto que aquele dia fosse um dos dias em que visitava Sam. Sentiu-se péssimo por sua mente maléfica ter tentado fazê-lo fugir de seus problemas, ele era um adulto de quase trinta anos e ainda corria dos problemas familiares.

Ele tinha quase certeza de que sua mãe só o convidou para aquele jantar porque ele era seu filho, a mulher tinha consciência de como a relação dele com os parentes era um tanto instável, mas não podia deixar de convidá-lo.

Desceu do táxi e enfiou as mãos dentro do sobretudo preto. De sua boca saiu uma fumaça cinzenta, evidenciando a colisão de sua expiração quente com a temperatura baixa do ambiente. Há alguns passos estava sua antiga casa, ele morou ali por dezoito anos completos e só saiu quando começou a faculdade de medicina. Aquele lugar, em sua cabeça, era erguido por paredes de lembranças, algumas estavam mais propícias a cair do que outras e ainda, algumas já haviam caído ao passo que outras mantinham-se estáveis.

Achava que apesar de tudo, aquela fosse a lei natural das coisas. Relacionamentos eram como construções, nem sempre mantinham-se de pé por toda a vida.

O Delator de Copas - JikookWhere stories live. Discover now