Capítulo Seis - II

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Não seja um leitor fantasma, poderia comentar? Por favor!! 

AVISO: deixei uma nota em meu mural sobre o motivo para eu estar atualizando hoje. Quando terminarem o capítulo, vão lá ler, pessoal. 

#NaoConfieNasCartas

#FantasmaJimin


Capítulo Seis

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Pessoas são singulares e por isso são únicas.

Contudo...

... nem todas são admiráveis.

A sensação de pertencimento fez-se ausente quando ele era apenas uma criança, mas olhando naquela perspectiva ele percebeu que pertencia a algo. Jungkook se sentia parte daquele grupo de pessoas não admiráveis. Sua autopiedade, justificada, estava consumindo-o como fogo consome oxigênio, porém nem mesmo sua combustão era perfeita, completa, ele estava queimando em chamas alaranjadas.

Quando acordou naquela manhã, sentiu-se péssimo. Aquele era um dos males da bebedeira. O álcool era como um amigo infiel, dentro do bar era seu companheiro, aquele que o dava coragem e a sensação de liberdade velada, mas no outro dia ele não estava mais ali para te apoiar, só tinha deixado os resquícios da sujeira contida no momento de euforia. Era um golpe baixo, por isso ele evitava. O álcool não mudava sua realidade, o álcool não resolvia seus problemas, pelo contrário, trazia muito mais e no fim, ele precisava se manter sóbrio para pensar em soluções.

Sentiu a boca seca quando sentou-se na cama, no mesmo impasse sua cabeça latejou e seus olhos doeram. Seu estômago estava vazio e doendo também, então lembrou-se que não havia comido nada depois da dose de piedade que recebeu. Seu corpo estava fraco e trêmulo, ele não tinha dormido o bastante e o luto ainda estava pesando em suas costas e mente.

Depois que se lavou e vestiu-se, procurou pelo celular. Parado em frente sua cama ele analisou o registro de chamadas. Sempre o fazia após beber demais.

Havia um número não salvo, mas não era capaz de lembrar a quem pertencia. Sequer lembrava de ter feito uma ligação, apenas chorou na frente de Lalisa por algum motivo que não era completamente claro ainda e depois ele foi para casa.

Como eu cheguei em casa?

Ligou para sua companheira de bar e sentou-se na beirada do colchão, descansando a bochecha sobre a palma.

Jeon, são seis e cinco da manhã. Você não dorme nunca?

— Lisa? — Chamou mansinho, ignorando a voz grogue da mulher. — Você me trouxe para casa? Eu não me lembro.

Ele ouviu um barulho estranho do outro lado, mas ignorou novamente, mordendo o cantinho da boca.

Tae oppa me ligou. Disse que te levou para casa, perguntou como você conseguiu o número do Jimin e onde estava seu carro.

— Jimin? — Apertou o cenho, mas sua voz não demarcou nenhuma alteração. — Esse número no meu registro de chamadas...

Provavelmente é do Jimin. Você me pediu ontem e eu digitei para você.

— Ah...

Murmurou e então o silêncio os distanciou na chamada durante alguns minutos.

Jungkook? Você pode contar comigo caso precisar. Eu sei que você está passando por um momento difícil, então se precisar de ajuda, seja com o Sam ou qualquer coisa, eu

O Delator de Copas - JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora