Capítulo Quatorze - II

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#NaoConfieNasCartas

#FantasmaPark


Capítulo Quatorze

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"Não posso fazer isso disse trêmulo, com medo de sua própria sombra, escondendo as mãos entre as coxas num ato de claro nervoso.

Você já fez muita coisa para amarelar agora. Ou se esqueceu do que meu pai está fazendo por você? Ele caminhou pausadamente até o sofá que o outro estava sentado, assim, ocupou o lugar ao lado e apoiou a canhota na nuca alheia.

Isso é demais. Eu não consigo.

Tudo bem... Suspirou e afastou-se minimamente, tirando o celular do bolso. Vou avisar El Capo que temos mais um covarde na família.

Não! Por favor prostrou-se de joelhos no chão, encostando a testa sobre um dos joelhos do outro em clara súplica. Assim, com lágrimas nos olhos e coração quase saindo pela boca, continuou: Eu faço. Faço o que você quiser.

Hm, ótimo empurrou o outro com desdém antes de ficar de pé e abrir um sorriso. Beomgyu já está pronto, você já sabe o que deve fazer hoje às vinte da noite, tudo parece ótimo. Finalmente vou me livrar daquele desgraçado..."

[...]


Seu mundo estava parado, mas ao seu redor tudo se movimentava como nuances de uma tela pintada de mal gosto.

O gosto ferroso amargou seu paladar quando tossiu forte. Cada tosse arrancando de si grunhidos de dor. Sua visão estava turva demais e seus ouvidos não conseguiam identificar cada som naquela mistura desesperada. Não sabia mais onde estava, mas sentiu mãos firmes tentando fazê-lo se soltar de algo, ou melhor, de alguém. Então, quando finalmente piscou, o horizonte diante seus olhos não era escuro, na verdade era tão claro que machucou seus lumes sensíveis atingidos pela secura. Tinha algo em seu rosto, ele não conseguiu identificar também, nem mesmo os rostos sobre ele. Sua cabeça estava uma bagunça, porém não estava barulhenta como comumente, só estava borrada, tudo estava muito borrado.

— Não podem ir mais rápido?

— Sinto muito, senhor Kim, estamos indo o mais rápido possível.

Ele piscou mais uma vez, o teto não era o mesmo, mas ainda era claro demais. Por mais que sua visão doesse, não conseguiu desviar sua atenção, porque de alguma forma sentiu-se confortável no espaço tão claro, era como se ele tivesse passado tempo demais no escuro, desesperado por luz. No entanto, algo o forçou a fechar os olhos, não queria, mas não conseguiu controlar o peso de suas pálpebras, então ele caiu na escuridão mais uma vez.

Quando abriu os olhos novamente, não sentia parte de seu corpo, embora conseguisse se movimentar, ainda que minimamente. Suas orbes escuras vasculharam todo o espaço possível, então como se estivesse tirando abafadores dos ouvidos, o som baixo do beep tornou-se sensível a sua audição. Pendeu sua atenção morosamente pela parede azul clarinho em sua frente e então viu um homem sentado, braços cruzados e expressão distante. Num instante, tudo começou a tomar forma e espaço em sua mente, ele lembrou-se de Sammy, lembrou-se de seu filho sorrindo, em seguida seus pensamentos foram preenchidos pela transfiguração da imagem de Santiago. Lembrou-se de apanhar, lembrou-se das chantagens, do plano e de Yeonjun.

O Delator de Copas - JikookWhere stories live. Discover now