Carlos narrando:
- Minha senhora, eu não sei o que a senhora está vendo, mas..... - Eu tentava ludibriar aquela mulher, mas em vão.
- Nem perca o seu tempo me falando merda. Aquele que está de joelhos é o filho do meu marido. É o meu enteado que está de joelhos enquanto o seu irmão se aproveita da situação. - Ela disse irritada.
E agora? Como eu contorno isso? Se é que isso é possível. Eu estava atônito, imóvel, ou qualquer adjetivo semelhante a estes. Dessa vez eu não sei se consigo evitar a bomba que o meu irmão fez questão de armar e explodir. Não sei se a nossa mãe vai aguentar isso.
Estava olhando pra mulher ainda tentando buscar algum argumento quando ela começou a rir. Isso mesmo, ela está rindo porra.
- Hahahahahahahaha. - Ela ria.
- Qual a graça? Posso saber? O que aconteceu aqui é muito grave! - Eu disse muito puto e em voz alta.
- Calma querido, eu sei que é grave. Trouxe você aqui justamente para tratarmos desse inconveniente. - Disse a mulher.
- E você ri? Ah, já sei! Você e toda a família desse menininho querem dinheiro, não é? Acertei, não foi? - Eu disse muito puto, porém abaixando a voz para não chamar curiosos.
- E se for? - Ela disse com um sorriso debochado no rosto.
Caralho, eu estou a um passo de cometer um homicídio. Que mulher cara de pau. Isso é para o Théo aprender. Vai morrer numa grana com esses vigarista. Eu sabia que esse César não é flor que se cheire. Se eu soubesse que o meu irmão ia se envolver com um viado qualquer, eu o tinha incentivado a comer todas as mulheres do mundo.
Eu me afastei da mulher a passos lentos e passei as minhas mãos no meu cabelo. Respirei bem fundo para oxigenar meu cérebro e voltei para perto da mulher. Não tem jeito, vou ter que limpar a barra do meu irmão de novo, mas dessa vez vai sair muito caro.
- E quanto vocês querem? - Eu disse essas palavras com um gosto amargo na boca.
- Eu disse que queria negociar, não disse? - Disse a mulher.
- E não é exatamente isso que estou tentando fazer, minha senhora? - Eu disse puto.
- Xiuuu! Olha como você fala comigo em! Senhora é inadequado. Prefiro "Dama", ou "senhorita". - Disse ela colocando o dedo na minha cara.
Eu vou acabar matando essa mulher. Eu respirei fundo mais uma vez e tentei conversar com essa aproveitadora mais uma vez.
- Qual o seu nome? - Eu perguntei.
- O meu nome é irrelevante agora, Sr. Carlos. O que realmente é relevante aqui é o fato do seu irmão está sendo tão facilmente manipulado pelo meu enteado. - Ela disse.
Eu não entendi. Realmente não entendi nada. Ela está confessando? Essa filha de uma puta está brincando comigo?
- Qual é a tua em? Tá de brincadeira comigo? Hãããã? - Eu disse quase gritando.
- Você e o seu irmão são ingênuos demais. Me responda Sr. Carlos, já ouviu a história das sereias? - Ela disse olhando para o ato daqueles dois no andar debaixo.
- Quer ir pra mitologia agora? É sério isso? - Eu disse revoltado.
- Responda a pergunta! - Ela disse em voz alta, me encarando com intimidação.
Dá pra sentir que a aura em volta dessa mulher mudou.
- Mais ou menos, sei que elas eram metade peixe e metade mulher e que, por sua vez, eram lindas. Mas não entendi aonde você quer chegar. - Eu falei.
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Meu Jogador Favorito
RomanceCésar é um garoto tímido, extrovertido e boa praça criado em Madureira, bairro no subúrbio do Rj. Descobriu sobre a sua homossexualidade ainda na adolescência e desde então tem ocultado isso de todos, menos dos seus dois melhores amigos, Vitor e Dav...