Meu Jogador Favorito

Capítulo 15 - Eu sou Bissexual?

César narrando:

Estávamos dançando eu, Andresa e Dolinho perto do som quando escutamos os gritos de Théo e seu irmão do lado de dentro da casa. Não sabemos como tudo começou, mas vimos o irmão de Théo jogado no chão com o nariz sangrando muito. Isac saiu correndo junto de todos do churrasco para apartar a briga. Eu segui Vitor até as filhas de Isac que choravam muito com toda a movimentação e ficamos acalmando elas.

- Que porra foi essa Théo, tá maluco? – Gritou Isac segurando Théo e levando ele para longe do irmão junto com o Dolinho.

- ME SOLTA PORRA! – Gritou Théo visivelmente alterado.

- Calma foguetão, calma mano. – Disse Dolinho.

Os meninos tentavam acalmar Théo enquanto Lívia e Henrique cuidavam de Carlos, agora sentado na cadeira da salinha onde brigaram.

- Amigo, você sabe o que ouve para esses machos começarem o UFC? – Perguntou Vitor?

- Não sei amigo, passei por eles agorinha na salinha ali e senti que estavam tendo uma conversa muito séria. – Falei.

- Deixa ver se entendi! Você passou por eles durante essa tal conversa e não conseguiu captar nenhuma informação do que falavam? – Disse Vitor.

- Eu não sou fofoqueiro, Vitor! – Eu falei.

- Caralho Cangaceiro, não sabe nem fazer fofoca! Na minha terra as senhoras, que ficam em cadeira de alumínio no portão de casa, a essa altura já saberiam todo o roteiro da briga, com data e hora de todo o ocorrido. – Falou Vitor e comecei a rir.

- E com os nomes dos envolvidos e o caralho a quatro né amigo. – Falei rindo.

- Amor, elas já teriam o mapa detalhado com os passos de todos os envolvidos. E vou te falar, essas senhoras participam da "mesa redonda" e do "tira teima da fofoca" toda semana. Elas se reúnem para debater todas as fofocas da vizinhança viado. Elas são mais sinistras que o FBI e a SWAT juntas. – Disse Vitor.

Estávamos eu e Vitor rindo muito do nosso papo descontraído e por um momento esquecemos a briga que acontecia a metros da gente.

- Inclusive meu amigo Cezé, eu me vejo obrigado a te pagar um curso de fofoca com essas senhoras pra ver se você aprender a fazer uma boa fofoca. Porque eu vou te contar, se a minha vida dependesse dessa fofoca já estaria até fossilizada. – Disse Vitor no deboche.

- Ir a merda ninguém quer, né Vitor. – Disse rindo do meu amigo

- Olha a boca tio, não pode falar palavrão para a fada madrinha. – Falou Eleonora, a filha mais velha se Isac.

- Oh meu amor, desculpa! – Eu disse rindo muito. Por um momento esqueci que elas estavam conosco.

O papo descontraído continuou até que Carlos foi embora deixando Théo para trás. Ficamos todos olhando para Théo meio que esperando que ele explicasse o porquê de agredir o irmão.

- Está tudo bem mesmo, Théo? – Perguntou Isac preocupado.

- Está sim, já disse. Podemos voltar para o churrasco e esquecer o que acabou de acontecer? – Disse Théo com cara de irritado. Tenho que admitir que ver Théo sem camisa com aquela carinha de brabinho me deixou com vontade de beijá-lo todinho.

- Então tá beleza! – Disse Isac olhando para Théo. Depois Isac se virou para todos e gritou:

– BORA GALERA, VAMOS VOLTAR PARA O CHURRASCO!

Meio que o clima esfriou e ninguém conseguiu curtir o churrasco direito. Passou um tempo e ficamos todos sentados em círculos, no chão mesmo, conversando com a música baixa. Estava uma brisa gostosa aquela noite e dava pra ver a lua nos abençoando com a sua luz maravilhosa.