Capítulo 20 - Nervos à flor da pele.

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César narrando:

Eu tentei segurar Théo com o máximo das minhas forças. Ele estava completamente transtornado com o que acabou de ouvir no quarto. Parecia até que eu era feito de papel, porque não conseguia para o seu avanço em direção ao Carlos. Tenho a impressão que vai dar uma merda federal nessa casa e acho que a minha mãe pode ser responsabilizada por isso já que eu estou no meio disso.

- THÉO, ME ESCUTA POR FAVOR! – Eu gritei!

Théo continuava avançando, mas dessa vez parece que ele resolveu me responder.

- AGORA É TARDE CÉSAR, SÓ PARO DEPOIS QUE EU FIZER O MEU IRMÃO DE PANO NO CHÃO! – Gritou Théo de volta.

Ouvir aquilo me deixou apavorado. Eu não sei mais o que fazer, então, em um ato de desespero e irresponsabilidade, eu me joguei na frente do Théo e o beijei, fechando os meus olhos.

Eu dei um selinho em sua boca no meio de algum cômodo e sua raiva parecia estar se dissipando. Abri os olhos e vi Théo com os olhos vermelhos me olhando e ainda por cima muito ofegante.

- Eu não posso perdoar meu irmão, desculpa César. – Théo falou mais calmo.

- Eu quero que você me escute primeiro antes de tomar qualquer atitude. – Estava desesperado para evitar essa briga, e sem pensar no meu próximo passo eu continuei - Vamos comer fora? Por favor? Só eu e você?

Théo mudou o semblante de puto para bobo em segundos, parecia contente com o que ouviu. Finalmente ele estava mais calmo e parecia que eu tinha evitado um desastre nessa casa. Esbocei um sorriso e Théo sorriu comigo. Théo passou os braços pela minha cintura e me puxou para o corpo dele.

- Me desculpa por não ter te protegido do meu irmão, meu pequeno, mas não vou deixar você ouvir mais nada dele. Eu prometo! – Falou um Théo tão seguro de si, que me fez acreditar e ficar feliz por ouvir aquilo.

- Tá bom Théo! Vamos lá nos arrumar?

Perguntei mais aliviado com um sorriso bobo no rosto. Evitei que esses machos malucos se matassem e o emprego da minha mãe foi salvo. Agora preciso tirar ele dessa casa o mais rápido possível.

- Bora! E onde você quer me levar pra almoçar? – Perguntou Théo se divertindo e rindo pra mim.

- Em algum podrão em Madureira, que é o que meu orçamento é capaz de comprar nesse momento hahahaha – Falei rindo muito.

- Podrão? Para um primeiro encontro? Negativo! Deixa comigo, eu te levo em um lugar maneiro pra gente almoçar! – Falou Théo, me apertando mais contra o seu corpo.

Encontro? Não tinha parado pra pensar, mas acho que isso acabou se tornando um encontro mesmo. Eu só queria evitar que Théo assassinasse seu irmão e que minha mãe descobrisse sobre o rolo doido entre nós dois.

- Mas Théo, se for um lugar muito caro eu não vou conseguir pagar. - Falei a verdade, ué, sou pobre gente.

- Calma Cesinha, eu estou te convidando, e como um bom macho eu vou pagar pra minha gata. - Falava Théo rindo pra mim.

Tenho que admitir que estava curtindo esse pequeno momento a sós com o meu gigante. Estava tão aéreo que não me dei conta que tinha mais alguém nos observando o tempo todo.

- Ora, ora, ora! O que temos aqui? O viadinho resolveu se insinuar para o meu irmão dentro da casa dele? É isso mesmo? Eu vi tudo! Solta ele o boiola filho da puta! – Gritou Carlos.

Eu e Théo nos soltamos no susto e com os olhos arregalados olhamos para a porta e lá estava ele, Carlos, com uma fisionomia de irritado. Não acredito que não reparei que tinha gente aqui.

Meu Jogador FavoritoWhere stories live. Discover now