Capítulo 18 - Vamos conversar?

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* Uma homenagem singela a Marília Mendonça * - Descanse em Paz rainha.

Théo narrando (Após a transa):

Depois que eu e César gozamos no meu quarto, o tesão foi acabando e eu fui voltando a ter a consciência do velho Théo de sempre. Senti nojo de mim mesmo. Não estava puto nem nada com César, o problema era comigo. Eu o arrastei para isso. Não me reconhecia. Estava com uma camisinha cheio de porra no meu pau porque tive prazer com um homem. Quando foi que eu virei viado? Não pode ser verdade.

- Tá tudo bem, Théo? – Perguntou César desconfiado.

- Uhum.... – Foi tudo o que eu pude dizer. Não quero descontar a minha frustração nele.

Estava com pensamentos conturbados e precisava ficar sozinho, mas não sabia como falar.

- Quer que eu vá embora? – Perguntou César.

- Na verdade.... eu quero ficar um pouco sozinho..... sabe, digerir o que houve. - Estava sendo sincero.

- Então vou tomar banho no quarto da minha mãe, você fica por aí, toma banho e pensa com carinho.

- Valeu por entender cara.

Não conseguia encarar César nesse momento tamanha vergonha que eu sentia. César saiu da cama e começou a se arrumar, já eu fiquei ali, parado, sem reação.

- Acabei de me arrumar, você me leva na porta? – Perguntou César.

- Levo sim....

Abri a porta e olhei no corredor se tinha alguém passando para não pegarem o César saindo do meu quarto.

- Vai lá mano, e obrigado pela noite. – Eu disse.

E foi inevitável a troca de olhares nesse momento. Não queria encarar aqueles olhos porque sei que estou agindo como um babaca e ver aqueles olhos verdes confusos e tristes me deixam mal.

- Eu que agradeço, gostei de tudo. – Disse César retraído.

César parou, me olhou por pouco tempo e saiu em disparada para fora. Achei que ele fosse me dar um beijo, mas ao invés disso saiu correndo do meu quarto. Acho que o assustei, não sei. De qualquer forma estou mal.

Fui tomar banho pra tirar toda a porra do César da minha barriga. Estou sem chão. Como eu pude permitir que isso acontecesse assim.

Saí do banho e me joguei na cama. Toda aquela angústia apertava o meu peito e estava me sufocando. Eu não aguentava mais segurar aquilo e comecei a chorar. Chorei como a muito tempo não chorava. A última vez que chorei assim foi no enterro do meu pai. Estou perdido e não tenho com quem conversar agora. O soluços e o meu choro ecoa por todo o meu quarto.

O tempo foi passando e eu fui me acalmando. Estava melhor, mas ainda não aceitava o fato de ter feito o que eu fiz. Eu precisava reagir, foi então que peguei meu telefone, me arrumei e saí do meu quarto.

Liguei para Isa no meio da noite perguntando se ela não queria dormir em algum hotel comigo, só nos dois e ela adorou a ideia.

Peguei Isa no apartamento dela e levei a minha gata para o Hotel Fasano, em Ipanema. Precisava de um lugar com uma boa vista para o mar e uma boa dose de mulher para me consertar.

Fizemos o Check-in no hotel e fomos para a cobertura. Queria dar o melhor para a minha gata e aproveitar essa noite antes de ir para o jogo amanhã. No elevador, Isa não parava de falar e me agarrar.

- Aí meu amor, nem acredito que você está me convidando para esse hotel de luxo. – Dizia Isa toda animada pendurada no meu pescoço.

- Pois é minha gata, faço tudo pra ter um momento a sós contigo. Agora larga do meu pescoço por favor. – Eu disse.

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