Capítulo 28 - O Baile de Máscaras (Parte I)

367 21 15
                                    

Théo narrando:

Nervosismo, essa era a palavra.

Estava contente pra caralho por ter esse tão aguardado momento com o meu baixinho. Estávamos de saída do quarto quando de repente entrou a Dona Irene para visitar Vitor. A mulher chegou parecendo um furação, bem elétrica e logicamente estranhou por eu estar ali. Ela não sabia que eu era amigo do Vitor e nem imaginaria me ver por lá.

Minha senhora, eu até gosto do Vitor, mas o motivo real de eu estar aqui é o seu filho que me deixa maluco. Posso falar isso? Não, claro que não. Do jeito que essa mulher é, é capaz de me cortar em pedaços bem pequenininhos e depois fazer uma sopa.

De início ela não gostou de saber que eu levaria o César até ao apartamento do seu ex marido e quase que mela a minha primeira chance com o meu pequeno depois de tanto tempo, mas do jeito que o pai aqui está desesperado pra quebrar esse gelo eu tive que insistir.

Vou te falar, por um momento a Dona Irene olhou pra mim desconfiada pela minha insistência e pela primeira vez essa mulher me deu medo. O olhar dela era bem penetrante e dava pra sentir que ela era uma leoa querendo proteger o seu filhote, mas eu queria só dar uma dentadinha no filho dela. -Se é que vocês me entendem né.

Por fim Dona Irene aceitou a minha oferta e nos despedimos de todos no hospital. Estava animado em poder voltar a conversar com o meu pequeno, porque isso daria margem para convidar César para mais um encontro em algum hotel de luxo. Só eu e ele. Essa seria a minha chance de ouro para apagar a merda que eu fiz.

Fui na frente, meio que correndo pra chegar logo no carro e chamar o meu pequeno pra ir comigo na frente, pra podermos conversar de boas. Era isso que eu via na minha cabeça, mas Irene parecia um jogador meio-campista de futebol, driblou todas as pessoas que encontrou pela frente e simplesmente abriu a porta do carona e se jogou no banco do carona, sem perder a oportunidade. Não tive nem tempo pra pedir nada pro César.

- Bora garoto lerdo, entra logo. - Falou Dona Irene para seu filho.

Eu estava parado em pé ao lado do carro olhando de boca aberta para a minha cozinheira. Estava tão surpreso com a atitude dela que nem reparei no César chegando perto de mim.

- Uma pena não poder ir no banco do carona. - Falou o César meio tímido bem baixinho atrás de mim.

- Uma pena mesmo! Queria era você do meu lado. - Falei firme olhando para o César.

- Relaxa jogador, talvez na próxima.

O meu pequeno ficou corado na hora e essa era a reação que eu queria provocar nele. E vou te falar, que vontade que eu tinha de beijar aquele garoto mesmo que a mãe dele estivesse a alguns metros da gente.

Se bem que foi estranho a reação de Irene ao correr do meu lado e depois de jogar no banco do carona. É quase como se ela soubesse o que eu queria e tentou evitar. Espera! Ela sabe de algo? Puta que pariu. Vou ter que ficar esperto com essa mulher.

Dei partida e fui dirigindo pelas ruas do meu amado Rio de Janeiro enquanto dava uma espiada no meu pequeno pelo retrovisor do carro. Cara, como ele consegue ter esse poder sobre mim? Eu fico todo bobão e não consigo raciocinar direito quando o César está por perto. Eu já fiquei com tantas mulheres nessa vida e nenhuma delas me deixaram assim a não ser a primeira menina que amei na vida, quando eu ainda era um garoto. Não me leve a mal, ainda gosto muito de mulher, muito mesmo, mas esse menino tem um poder sobre mim que nenhuma das mulheres que eu peguei até hoje jamais tiveram.

Estava um silêncio no carro quando a minha cozinheira quebrou o silêncio com uma cara de que iria contar uma fofoca.

- Filhooo, você não sabe da maior. Sabe quem vai trabalhar como o faz tudo da mansão?

Meu Jogador FavoritoWhere stories live. Discover now