Capítulo 22 - A concorrente de Ipanema.

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César narrando:

- Boa noite senhor Foguete, vim trazer a sua comida! – Falou uma voz feminina do outro lado da porta.

Eu estava atrás da porta para não ser visto e olhava o rosto do Théo, analisando suas expressões. Deu pra ver que o jogador ficou surpreso quando abriu a porta, ou seja, ele conhecia aquela voz feminina. Já não gostei disso.

- Opa, fala aí Cátia, quanto tempo. – Falou Théo, puxando a porta mais para perto dele, mostrando um certo nervosismo.

Ele estava claramente tentando me esconder dessa tal Cátia e vice-versa. Ora, ora, ora, o que temos aqui. Quer dizer que ele marcou com mais alguém? Se for isso eu pego o champanhe que ele comprou e enfio no cu dele.

- Eu vim trazer a sua comida, Jogador. Eu espero que você esteja, digamos, FAMINTO. – Falou a voz menina dando aquele "destaque" para a última palavra, e ainda conseguia ouvir um risinho no final da frase. Eu vou me irritar, já estou prevendo tudo.

Eu cruzei os braços e olhei sério para a o rosto do Théo, enquanto assistia o jogador ficar todo sem jeito diante de toda a confusão. E agora jogador? O que você vai fazer? Porque me expulsar daqui você não vai.

- Você não tem jeito em morena. Mas vamos deixar essa para uma próxima oportunidade, belê? – Falou Théo todo envergonhado.

- Você tem certeza disso? – A menina falou, e logo depois eu escutei um barulho de beijo vindo da porta.

Eu arregalei os olhos e corri para ver pelo olho mágico o que acontecia pela porta, sem me deixar ser notado. E era oficial, a menina agarrou e deu um beijo na boca do meu jogador. O ódio subiu na hora e foi difícil ficar ali assistindo, eu saí a toda velocidade para as minhas roupas, que estavam dobradas em cima da cadeira, e comecei a me vestir.

Théo, depois de ser beijado pela menina, olha pra trás desesperado e percebe que eu estou me arrumando. Ele arregala os olhos na hora, acho que não esperava essa reação da minha parte.

- Porra Cátia, eu estou acompanhado. Não quero rolo contigo, sacô – Falou Théo mais firme agora.

- Ué Foguete, pergunta pra menina que está contigo se ela não aceita um sexo a três, como a gente fez naquele dia que em que eu peguei a ruiva que estava contigo e você meteu vara na gente, lembra? – Falou a menina fazendo carinho no canto do rosto de Théo.

Inevitavelmente meus olhos se encheram d'água. Eu já sabia que ia me ferrar tendo esse "lance" que ele me propôs, mas achei que ia ao menos durar um pouco mais, durou nem um dia porra.

- Cátia, para de falar essas merdas porra! Será que você não tá vendo que eu tô curtindo uma parada a dois aqui? Não quero ter porra nenhuma contigo nem hoje nem nunca, será que você entendeu agora? – Falou Théo, agora mais alterado, tirando a mão dela de seu rosto.

- Que isso gato, você nunca falou assim comigo. Essa menina deve ter xereca de ouro, só pode. – Falou a menina nitidamente decepcionada.

- O corpo dela é todo de ouro, não é só a xereca não. – Falou Théo.

Um silêncio se instalou no quarto naquele momento. Ninguém falava nada, até que Théo perdeu a paciência e mandou:

- Anda caralho, passa essa comida pra cá e mete o pé.

- Enfia essa comida no seu cú o desgraçado. – A menina começou a chorar - Eu sei que você vai correr atrás de mim outra vez e quando fizer isso, eu vou te mandar pra puta que te pariu. – Falou a menina muito furiosa e ainda chorando.

- Vai sim, sei que vai. – Falou Théo desdenhando dela – Sabe qual é o seu problema, Cátia? Você está apaixonada por mim e não sabe viver sem, vive de migalhas do meu corpo como se isso bastasse. Agora está aí com essa cara de cu só porque eu estou namorando outra pessoa. – Falou Théo.

Meu Jogador FavoritoWhere stories live. Discover now