Capítulo 10 - Hoje é dia de festa, bebê!

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Théo narrando:

César terminou o seu café da manhã e veio me chamar na sala e eu disse para ele me esperar na garagem. Enquanto ia pegar as minhas chaves no porta-chaves para seguir viagem até a UFRJ encontrei dona Irene no corredor.

- Oi foguete, bom dia.

- Bom dia dona Irene, você pode me chamar de Théo.

- Ok então, Théo. – Ela disse meio sem graça.

- Théo eu queria te perguntar, vai ter algum tipo de festa aqui hoje?

- Ih rapaz, não te falei nada sobre a festa não? - Respondi surpreso.

- Não querido, e eu queria saber se eu faço algo especial para essa festa ou não. – Disse dona Irene.

- Fica tranquila que essa festa é mais balada, só vai ter petisco, não precisa fazer nada pra festa não. – Eu disse.

- Ah sim, ok então. Se precisar estou aqui tá querido – Disse dona Irene.

- Agradeço Irene, vou indo levar teu filho para a faculdade e depois vou pro treino.

- Obrigada por isso, sei que meu filho vai estar em boas mãos.

- Obrigado Irene, até! – Eu disse.

- Ah Sr Théo, se o César te encher o saco fala que eu vou manda-lo de volta para o saco do pai dele na base do tapa. – Disse dona Irene bem humorada.

- Precisa disso não dona Irene, acho até que sou eu que vou irritar seu filho. – Eu disse rindo.

- Ok querido, bom treino. – Disse dona Irene.

- Obrigado Irene, bom trabalho pra você. – Eu disse.

Fui indo de encontro ao César na garagem do térreo e vi que ele estava distraído. Reparei que ele estava bem concentrado no celular, acho que deve estar falando com alguma mina gostosa, porque estava rindo bastante. Fui de fininho e o abracei por trás.

- E AEEE SR TRAÇA, BORA! – Falei alto.

- Ahhhhhhhhh QUE SUSTO INFERNOOOOO – Ele grito se retraindo todo nos meus braços.

- Hahahahahahaahahahaha Tinha que ver a tua cara – Eu disse rindo muito dele.

Eu fui soltando ele aos poucos porque se eu solto César de uma vez ele cai. O susto foi tanta que ele ficou com a perna bamba.

- Cara de cú né, já sei – Disse César com a mão no peito. Esse moleque me diverte.

- Que nada cara, até que você fica bonitinho quando leva susto. – Eu disse zombando da cara dele.

César arregalou os olhos, abriu a porta do carro, colocou o sinto e ficou olhando pra frente igual uma múmia. Que garoto engraçado, ele me diverte de mais, se é loco. Eu fiz o mesmo, entrei no carro, verifiquei se o retrovisor estava alinhado, coloquei o cinto e dei partida com o carro.

Enquanto íamos no trajeto até a faculdade, o silêncio reinou no carro. Parece que ele não estava ali, só o corpo. Quando eu parava nos semáforos ou no transito que se formava pela cidade em horários de pico pela manhã, eu aproveitava pra olhar o rosto do César. É engraçado a reação que esse pequeno está provocando em mim. Me sinto completamente à vontade perto dele. Tenho que admitir que isso me incomoda um pouco, já que é uma novidade.

Enquanto estávamos parados no semáforo, um carro ao lado me reconheceu e começou a buzinar.

- Foguetão, porra!! Tu é foda mano!!! – Gritou o carona do carro.

Meu Jogador FavoritoWhere stories live. Discover now