Capítulo 26 - Uma festa para Irene.

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César Narrando:

- O que você quer aqui? - Perguntei firme, mas mega nervoso por dentro.

Se esse maluco bate o pé no chão ali onde ele está, eu me desmonto todo aqui. Não sei o que fazer e a minha mãe hoje está em casa. Não posso deixar esse estrupício sair daqui e ir falar com a minha mãe.

- Olha ele, veio com o peito estufado. - Falou Carlos no deboche.

Eu odeio esse cara.

- O que você quer com a minha mãe? - Eu falei.

- Com a sua mãe? Nada. - Disse Carlos olhando em meus olhos, sem desviar a merda do olhar.

- O que você quer comigo? - Eu falei.

Carlos deu uma respirada forte olhando para o céu estrelado de Madureira. Ele parece nervoso, mas com o que?

- Eu vim aqui a pedido da minha mãe. - Falou Carlos se aproximando mais de onde eu estava parado.

Agora eu estava EXTREMAMENTE nervoso. Fodeu! A Dona Edna descobriu sobre eu e Théo? O que eu faço? A minha mãe vai ser despedida? Ai meu Deus.

Meus olhos começaram a arder e a liberar as gotas de lágrima sem que eu percebesse. Carlos ficou me encarando, provavelmente se vangloriando de me ver na pior. Preciso falar com o Théo urgente, mas o desgraçado não atende a porra do telefone.

- Porque o choro? Não entendi. - Falou Carlos me encarando sério.

Eu limpei as lágrimas e disparei.

- E você ainda pergunta? Você contou da gente pra sua mãe não foi? - Falei puto.

- Eu nunca daria esse desgosto a ela. Se ela descobrir, que seja descobrindo sozinha. - Falou Carlos colocando as mãos no bolso.

Essa casualidade vindo de Carlos me irrita, porque parece que ele veio aqui bater um papo casual com o amigo de infância, mas essa não é a realidade aqui.

- Então porque a sua mãe iria mandar você vir aqui? Me diz? - Falei muito nervoso.

Carlos percebeu meu nervosismo e começou a dar uns risinhos ridículo de deboche. Cara, como eu odeio esse rapaz.

- Agora eu entendi! - Exclamou Carlos - Você acha que a minha mãe me mandou vir aqui porque ela descobriu sobre o casinho de vocês, não é isso? hahahaha - E começou a rir Carlos.

- Tá rindo do que meu irmão? Tá maluco? - Eu falei puto.

- Porque achei graça, ué! Se você conhecesse bem a minha mãe, você saberia que Dona Edna nunca mandaria alguém no lugar dela pra resolver os B.O's, ela mesma vai ao seu encontro. - Falou Carlos.

Aquilo foi me acalmando. Ele não parece estar mentindo.

- Então pra que tudo isso? Porque está aqui e porque falou aquilo no telefone pra mim? - Eu disse.

- Porque a minha mãe me pediu para te levar até a mansão. Parece que vai rolar uma comemoração especial para a sua mãe e a minha mãe quer tratar contigo sobre os preparativos. - Falou Carlos.

- Como assim, Carlos? - Falei não entendendo nada.

- Vou explicar melhor a caminho da mansão, pode ser? Prometo não fazer nada, caso contrário a minha mãe me mata. - Falou Carlos.

- Eu prefiro ir de Uber do que ir no mesmo carro contigo de novo. - Eu falei.

- Relaxa César, não estou aqui para brigar. Vim porque a minha mãe pediu, e outra, preciso te explicar sobre o que vai rolar lá, pra quando você chegar já mostrar as suas ideias. - Falou Carlos.

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