Capítulo 24 - Amnésia.

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César narrando:

Desde o meu encontro com Théo no hotel de Ipanema, a gente vem trocado mensagens e sinto que dessa vez as coisas vão ser diferentes. Fez nem 24h que nos separamos e ele vive me dizendo que está com saudades. Devo dizer que isso me assusta pra caralho, porque Théo não era assim a pouco tempo atrás e agora ele vive demostrando o que quer e o que sente.

No jogo do Flamengo contra o Palmeiras, no Maracanã, pela semi da Copa do Brasil, Théo manteve contato visual comigo na arquibancada. Dava pra ver a felicidade dele em me ver torcendo por ele. Devo admitir, estou amando ter Théo por perto, ele está me fazendo muito bem.

O jogo do Flamengo foi muito tenso, pegado e dava pra ver porque Palmeiras e Flamengo estão no topo atualmente, mas graças a Théo e ao Isac, o time do Flamengo conseguiu sair classificado para a grande final.

Depois que o jogo acabou, liberaram a nossa ida ao gramado para falar com os jogadores - Cortesia do Isac. Cara o gramado do Maracanã parece ser pequeno lá de cima, mas quando você anda por ele, nossa, é um campo enorme. Como esses jogadores conseguem correr de lá pra cá os 90 minutos? Só de andar já me cansei hahaha.

- Ainda bem que vocês vieram, me deu sorte. – Falou Isac assim que todos nós chegamos.

- Papai! – Gritou as filhas de Isac.

- Minhas filhotas que tanto amo. – Falou Isac abraçando as meninas.

O Théo estava terminando de dar uma entrevista para alguma emissora e viu a gente reunido com o Isac. Ele veio andando em nossa direção sorrindo pra gente.

- E aí família, vieram torcer ou jogar contra? – Perguntou Théo olhando pra mim.

- Sou Vascaíno de berço, mas hoje, eu fui Flamenguista fanático. – Eu falei.

Théo ria de se acabar, chegou mais perto de mim e começou a conversar mais baixo, de um jeito que só a gente conseguia ouvir.

- Escuta meu pequeno, fiquei feliz em te ver torcendo por mim, de verdade! - Falou Théo.

- Eu vou sempre torcer por quem eu gosto. - Eu falei.

- Só "gosta" é? - Me perguntou Théo fazendo cara de desconfiado.

- É ué! Pra eu te amar, você vai precisar me levar muito pra cinema e me pagar muita pipoquinha, não é assim tão fácil. - Falei no bom humor, dando um sorriso tímido pra Théo.

Théo mais uma vez caiu na gargalhada e se aproximava cada vez mais de mim. Caralho, ver um cara lindo, todo suado, usando o uniforme completo de jogador, dentro de um estádio lotado, era demais pra mim. Comecei a criar fantasias na minha cabeça.

- O que foi meu pequeno, quer me dizer alguma coisa? - Falou Théo no meu ouvido, bem baixinho, com uma voz rouca de cafajeste.

Com certeza, Théo percebeu o meu nervosismo.

- Te ver uniformizado assim e todo soado, me deu um tesão da porra. - Criei coragem e falei.

- A é?  E você quer conhecer o vestiário dos atletas? Lá eu posso andar pelado. - Falou Théo com uma voz sedutora do caralho no meu ouvido e bem baixinho

- Eu não quero só olhar, quero tocar! Posso? - Falei com uma voz de inocente.

Théo me olhou com um sorriso largo no rosto. Deu pra entender que ele está na mesma sintonia que eu: Ou a gente para com a brincadeira, ou a gente fode ali mesmo.

- Você é um gostoso do caralho meu pequeno, mas é melhor a gente parar. Meu malaquias está acordando aqui e eu não vou conseguir disfarçar com esse calção de futebol. - Falou Théo.

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