4° Capítulo

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Tóia

Estava com a cabeça a mil preocupada pra caralho, senti medo quando ouvi os moleques falarem que meu irmão foi arrastado por um policial e nem depois de sua ligação consegui me acalmar. 

Montei na minha moto e saí voada até a casa que ele falou, não foi difícil achar pois nessa rua só mora uns metidinhos a rico e pela descrição que ele passou era a casa dos novos moradores, nunca nem vi essas pessoas, mas o Dindão falou que era a casa verde e só tem uma nessa rua.

Quase que derrubo a porta, tinham uns curiosos que só dei uma olhada sérinha e não ficou um, esse povinho não tem um prato pra lavar, euein... Quando a mina abriu nem reparei em nada só queria saber do meu irmão, precisava ter a certeza de que ele estava bem.

Entrei igual um furacão levando quem estivesse pela frente, porém quando tive a confirmação que ele estava bem, foi que fui olhar pra mina que abriu a porta e, puta merda, tô aqui parada sem conseguir desviar o olhar, ela é linda e o pior é que ela me olha na mesma intensidade, depois de um tempo me encarando ela desvia, mas logo volta a me olhar, umedeço os lábios sentindo minha boca secar, seus olhos são como o azul do mar e me fascinaram, me transmitem uma paz absurda, mas o clima é quebrado quando o Zé buceta do meu irmão entra na minha frente, babaca do caralho, tio.

— Caralho Tóia, tô falando contigo a uma cota. - Só pode ser sacanagem meu, nem conheço a mina direito e já fiquei igual uma tapada. Vou te contar, mulher nenhuma nunca me deixou assim, já sei que é problema. — Essa é a Maju e aquela ali é a Bella. - Olho pra garotinha ao seu lado, a cara da mãe sem tirar e nem por, mas logo volto a atenção pra quem realmente me interessa nesse momento, tô parecendo uma boiolinha, caralho.

— Pô mina, valeu aí por ajudar esse babaca aí...- Ela dá um meio sorriso que puta merda, é o fim da bandida.
— Não precisa agradecer. - Sua voz é suave, uma voz doce e calma, uma voz que aquece... puta que pariu em que tô pensando?

Desço meu olhar pelo seu corpo olhando minuciosamente cada parte, ela tá com um vestido vermelho que vai até o meio dá sua coxa o cabelão preto solto e em seus pés uma rasteirinha, só aí me liguei que é a mina que vi na rua mais cedo e te contar? Gostosa do caralho, chego a salivar, pele bronzeada do jeitinho que a bandida gosta.

— Por que tá olhando a minha mãe assim? - Sou interrompida por uma voz fina e infantil, olho pra garotinha a minha frente, essa criança... A cara do problema! Igual a mãe.

— Fala tu, menor. - Ela me dá um sorriso que só confirma a minha teoria, essa criança é uma peste.

— Você não me respondeu... por que estava olhando daquele jeito para minha mãe? - Ela cruza os braços e arqueia uma sobrancelha, não disse? Menina atentada, tio. E eu? vou falar o que pra ela? “Tô olhando pra sua mãe por que achei ela uma gostosa?” Sou doida, mas nem tanto.

— Bella, se comporta garota! A moça vai achar que não te dou educação. - Olho pro meu irmão que me olha com o mesmo olhar da garotinha. Tinha esquecido até desse babaca, vai me encher pra caralho conheço a peça, é igual ou até pior que criança, tá ligado àquelas crianças atentadas a nível máximo? Ele chega a ser pior, não entendo como virou bandido.

— Ih mãezinha, sou muito educada não é tio VT? - Se joga no sofá. — Só fiquei curiosa... Sua irmã é louca tio? Ela olhou de um jeito pra minha mãe. - O VT cai na gargalhada, vontade de dar na cara desse otário.

—Isabella! - ela repreende a pestinha que dá de ombros e olha para mim com um sorriso debochado. — Desculpa, ela não é sempre assim, quer dizer... só as vezes. – Apenas Balanço a cabeça em confirmação, se eu falar o que acho dessa menina, ela nunca mais vai olhar na minha cara. — Melhor você ir no postinho pra o médico dar uma olhada no ferimento, fiz tudo no improviso, tem que ver isso direito. - começa a falar umas paradas lá com o VT e eu não tiro os olhos dela, como nunca vir essa mulher por aqui antes, puxam minha camiseta olho pro ser, essa criança não existe tio, muito chata, nunca gostei de criança e, agora entendo o porquê.

— Qual o seu nome? - curiosa e chata.

—Tóia.

— A mãe de vocês não gosta mesmo de vocês ein, só nomes feios, quer dizer... o tio VT, o nome verdadeiro dele até que é bonitinho, esse é seu nome verdadeiro? - Curiosa do caralho, onde VT foi se meter.

—Não, mas você não precisa saber. – Acabei sendo grossa com a molequinha, não tenho paciência pra essas coisas não véi, menina atazanada.

— Preciso sim! Você já sabe meu nome então eu quero saber o seu também. - Cruza os braços e me olha cheia de marra, marolando com a cara de vagabundo.

—ISABELLA! menina se aquieta um pouco - a Maju se aproxima e serião? Melhor meter o pé que essa mulher sem dúvida nenhuma é problema, cheirosa pra cacete. — Desculpa, Tóia né? - confirmo com a cabeça. —Bella, vai para o quarto vai.

— Eu não. - A Maju olha pra ela de cara feia e só bastou isso pra mandada sair correndo, e o VT se divertindo com tudo isso.

— Desculpa mais uma vez.

— De boa mina. - Ela sorri e sem caô sorriso lindo pra cacete dessa mandada. — Bom, melhor ralar, bora VT que a sua mãe tá chegando aí.

— Caralho Tóia, o que ela vem fazer aqui? - dou de ombro. — Aí Maju, valeu por tudo mesmo! Te devo uma. - Ele pega na mão dela e não sei por que isso me incomodou. Ela sorri pra ele, e porra...não tem precisão pra isso, ele não é dentista pra ela tá mostrando os dentes desse jeito... mano, no que eu estou pensando meu?

— Não precisa agradecer.

— Vou fazer um churrasco no final de semana, te espero lá e não aceito não como resposta. – Alá, ficou doido só pode.

— Não vou garantir nada a você, mas obrigada pelo convite. ah! E esses são os remédios que você precisa tomar. - Ela anota algo em um papel e entrega a ele. - É importante que você vá a um médico, você perdeu muito sangue.

— Valeu pô.

Me aproximo dela e estico a minha mão querendo afastar o VT pra longe dela.

— Valeu aí por ajudar esse babaca. - Ela sorri esticando a mão, quando suas mãos tocam a minha sinto um calor que passa da sua mão para a minha, um calor que percorre meu corpo e me dá múltiplos arrepios, sinto em meu corpo uma corrente elétrica que me queima por dentro, sua mão é macia, meus olhos encontram os dela, agora de perto consigo sentir que ela consegue me dominar por completo só com esse olhar, me sinto vulnerável como nunca havia me sentido antes, essa mulher sem dúvida nenhuma vai ser a minha perdição.
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MINHA MELHOR ESCOLHA (Romance Lésbico)Where stories live. Discover now