Nascido entre cifras e conjunturas, Jeon Jungkook sempre teve a música como parte de si mesmo; um lugar onde ele poderia habituar todos os seus sentimentos de uma só vez, um lar. E como um sonho a ser realizado, ele é convidado para participar de um...
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♫
Estou fodido.
É apenas nisso que eu penso quando entro no quarto que Jimin acaba de abrir.
Enquanto tentamos nos proteger do que quer que esteja acontecendo lá embaixo, ouvimos mais e mais tiros ecoando pelo corredor vazio daqui de cima.
ㅡ Meu Deus, eu vou morrer! ㅡ murmuro em êxtase enquanto caminho em círculos pelo quarto de hóspedes, que está claro devido a janela, que está aberta.
Felizmente, ou infelizmente, não há uma sacada aqui ou alguma outra escada que nos leve para fora desta casa, portanto não há muito o que possamos fazer.
ㅡ Pare de andar, cara. ㅡ Jimin me pede, visivelmente nervoso.
O de madeixas escuras está parado diante de um guarda-roupas de madeira, encarando a porta que acaba de trancar como se toda a sua vida estivesse do lado de fora.
O que não é mentira, pois a minha está lá.
Um grito alto e próximo ecoa do corredor, e não demora para escutarmos passos acelerados caminhando pelo piso amadeirado. Estão tentando se esconder aqui em cima.
Por Deus, aonde eu fui amarrar o meu jegue?
ㅡ Cara, Lia ficou lá em baixo! ㅡ lembro de repente, sentindo o meu coração acelerar, completamente descompassado. ㅡ Puta merda, eu não deveria ter te seguido. E se ela tiver se machucado?
ㅡ Pare de falar e de andar! ㅡ Jimin pede novamente, dessa vez quase em um grito. Mas ele se contém quando percebe o que está prestes a fazer, e termina a frase em um sussurro: ㅡ Temos que encontrar um lugar bom para se escondermos aqui dentro, para o caso de subirem aqui... É, precisamos fazer isso...
Se esconder...?
ㅡ ESTAMOS ENCURRALADOS! ㅡ berro, em puro surto. ㅡ Cara, você não acha que esse é um bom momento para você me contar tudo? Se eu morrer, pelo menos vou morrer em paz e não voltarei para te assombrar...
Apesar de estar um pouco escuro no início do quarto, por estar longe da janela, eu vejo o estresse de Park se transformar em um revirar de olhos.
Paro de andar, respirando fundo para que consiga me acalmar um pouco, apesar de ser difícil quando há pessoas gritando como loucas lá embaixo, além dos tiros que não param.
Espero que Lia tenha sido mais esperta que nós e conseguido se esconder em algum lugar seguro.
Do outro lado do quarto, o japonês suspira alto, levando alguns segundos para se estabilizar e começar a caminhar na minha direção.
