12 • Sobre CSI: NY em pleno Milão.

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Não sei se é o gosto da adrenalina e medo de ser pego com o papel higiênico todo cagado em mãos, mas arrisco dizer que perseguir alguém é uma missão que está sendo quase impossível para mim.

De um lado imaturo eu sinto o meu interior se revirar por querer saber para onde ele vai todas as noites de modo tão suspeito ㅡ principalmente quando não está no teatro ㅡ, mas do outro a minha consciência pesa por eu estar correndo atrás de alguém que sequer tem consciência de que está sendo observado.

Acho que esse é o problema de ser alguém que frequentemente se coloca no lugar alheio: Você sabe que está errado, então entra num dilema entre ir ou não ir. E esse dilema muitas vezes acaba te levando a alguma espécie de limbo onde você perde o foco do caminho no qual segue, estando preso apenas nos seus ideais e receios em relação à sua consciência pesada.

A distância entre Park e eu é considerável e notória. Eu caminho do outro lado da calçada, enquanto ele segue pela mesma de quando se despediu de mim e de Hy. Prefiro seguir do outro lado, pois aqui há árvores e, caso precise, se esconder será mais fácil.

Aprendi tudo assistindo 007 - Cassino Royale, quem amou?

Quem diria que um dia eu estaria me submetendo a algo tão besta. Pelo menos as minhas atuações de infância de quando eu me escondia nos postes da rua e fingia estar vigiando os desconhecidos que desciam dos ônibus me foram úteis..

Um pouco mais ao final da rua, numa avenida nada movimentada, há uma padaria vinte e quatro horas aberta. Jimin olha para os dois lados, antes de atravessar e entrar nela. Decido me encostar em um poste, pensativo quando a atravessar a rua ou não, mas decido ficar na minha.

Cronometro na minha cabeça exatos ㅡ ou um pouco mais que ㅡ três minutos, até Park sair do estabelecimento vazio com várias sacolas em mãos.

Franzo os cenhos, confuso.

Nunca vi ele levar sacolas para o nosso quarto.

Do mesmo modo que ele atravessou, ele checa se tem algum automóvel vindo e atravessa a avenida, voltando pelo mesmo caminho que veio.

Dou alguns passos para trás e me escondo atrás do muro de uma casa velha, esperando Jimin estar longe o suficiente para que eu consiga ver apenas as suas costas. Não sei se ele realmente não me viu, mas pela maneira tranquila que ele segue o caminho de volta para o Hotel, chego a sentir que apenas estou gastando a minha pouca energia estando aqui.

Volto a segui-lo, tentando não pisar em nenhuma das pedrinhas da calçada para não chamar muito a sua atenção. Mas sei que pela distância ele não irá me notar aqui tão cedo.

Symphony | jjk + pjmWhere stories live. Discover now