Capítulo 38: Nuca

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Andrew

Norman não teve um plano melhor do que juntar nossos exércitos.

Ele deu uma permissão a Kane para passar pelos nossos territórios, tomara que seja confiável, porque senão estaríamos bem encrencados. Não fui atrás de minha irmã de imediato, apenas sabia que enquanto ela vestisse aquele colar, conseguiríamos rastreá-la, o que me preocupou quando o rastreador ficou parado em um só local. A coleira não estava se movendo, mas duvido que minha irmã também não esteja.

Norman cuidaria da linha de frente, eu cuidaria da minha irmã... ou o corpo dela. Não sabia quem diabos Janet tinha colocado na cabeça dela, mas tomara que seja alguém que não nos cause problemas. Ela quer viver, isso eu sei, então não posso dizer que é suicida. Um ponto para o nosso lado. Não morreria tão cedo assim como minha irmã. Meu único problema é descobrir um jeito que traga minha irmã de volta à sua própria cabeça.

Eu sabia que era uma armadilha de Janet para nos pegar, o que me preocupava era se minha irmã também tinha se tornado uma armadilha. Tenho medo de ir atrás de Amberly e de cair em uma das demais ideias de Janet, mas não acho que ela faria minha irmã contar o que estava tramando. Do jeito que Amberly falou, isso não fazia parte de nenhum plano de Janet, nem seu sequestro. Ela queria derrotá-la e precisava de nós para isso.

Quando cheguei no local onde o rastreador da coleira informava, não levei nenhuma surpresa ao ver que não tinha nada além da coleira. De algum modo ela conseguiu quebrar, isso também aprendeu com Janet, e agora poderia estar em qualquer lugar do mundo ou do universo. Mas eu apoio Nova York, ela não conhece nada além de lá.

Fechei os olhos e encostei na coleira, gelada por fora e aquecida por dentro, não fazia muito tempo que foi quebrada. Não seria muito difícil de encontra-la e, se for difícil, então Janet está do seu lado, pois apenas Janet consegue interromper nossa telepatia. Algumas imagens surgiram, alguns flashes de onde minha irmã estaria, do que ela estaria enxergando. Subúrbio de Nova York, no teto de alguma favela. Uma casa caindo aos pedaços no topo da cidade, com um teto para o pôr do Sol da cidade. Não duvido que este seja algum cantinho do pensamento de minha irmã. Mas imediatamente, quando eu estava começando a enxergar melhor, algo me corta e eu saio completamente dali. Janet.

Fui até lá instantaneamente, teleportando para um lugar um pouco antes de onde tinha visto minha irmã. Era complicado de andar ali, lajes tortas e quebradas, quase prendi meu pé num deles, mas sei que era apenas isso que algumas pessoas tinham e eu não podia mudar nada, não ainda. Tudo gira em torno da crise de vinte e nove, onde suas consequências remetem até hoje. Esses lugares, por exemplo, são boa parte dessas consequências.

─ Amberly! ─ gritei para que ela pudesse ouvir do outro lado. Se alguém estivesse olhando, pensaria que estávamos gravando o próximo filme de Star Wars... nos subúrbios de Nova York. Eu era o mocinho, o Jedi do lado da força, enquanto Amberly seria um dos temíveis Sith. Conseguia imaginar até a cor de nossos sabres de luz, vermelho combinado com azul mesmo que minha cor preferida de sabre fosse o verde.

─ Me deixe em paz, Andrew ─ ela dizia fria e séria ao mesmo tempo, se levantando devagarinho até mostrar metade de seu rosto. ─ E não me chame por esse nome asqueroso novamente.

─ Então saia do corpo da minha irmã ─ criei duas adagas de luz com meus poderes facilmente, fazia muito tempo que não as usava, desde o ataque à fortaleza de Stryker, mas mesmo assim foram poucas vezes.

Amberly fez o mesmo criando suas espadas que soltavam fuligem e causavam um certo vazio em quem estivesse perto. Suas vítimas deveriam ter sentido o vasto sentimento da Dimensão Negra lhe consumindo. Se eu fosse como essa pessoa dentro de minha irmã, estaria comemorando. Poderia matar alguém facilmente e incriminar o portador fácil fácil.

─ A maldição Keller é mais complexa do que imagina ─ ela começou a andar em círculos e eu a acompanhava na mesma velocidade. ─ Impossível de se livrar de mim e da condição, levando a insanidade ─ eu fui o primeiro a dar o golpe no meio de sua falação sobre ela e tals. Keller, esse era um nome diferente.

Eu não ligava para isso, só precisava encontrar um jeito de desligá-la e fazer minha irmã voltar. Um golpe aqui e um golpe ali, Amberly era mais ágil e mais bem treinada, mas eu era mais resistente e forte, dando uma grande equilibrada. A primeira vez que tinha atingido-a foi na barriga, fazendo um corte tão profundo que tinha medo de acertar seu intestino. Ela pareceu não ligar. Por um momento me arrependo de ter feito aquilo, mas ela me devolve arranhando minha perna esquerda, como um aviso.

Até que ela vacilou, veio correndo até mim e eu desviei e assim atingindo sua nuca com um poderoso soco que eu nunca tinha dado antes. Com ela desacordada, foi fácil leva-la de volta para a Comissão, colocando outra coleira em seu pescoço e deixando-a em uma cela solitária completamente fechada, apenas com uma janela com barras na frente. Ela aguentou bem até eu descobrir seu ponto fraco.

Mas agora teria que cuidar do outro lado da situação.

I Think We're Alone Now - Temporada 3 (CONCLUÍDA)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu