Opa.

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Depois da loira dar uma surra nas meninas do time adversário, ela vem correndo até mim toda feliz.

- Você viu amor? Viu como defendi aquela bola?

- Você foi ótima, vida. - Agarro o pescoço da loira dando vários selinhos.

- Parabéns Adora, jogou muito bem como sempre. - Castaspella aparece atrás de nós, nos fazendo se afastar de susto.

- Obrigada treinadora!

O silêncio grita por algum tempo. Castaspella não tira o olho de Adora, que está com a respiração ofegante. Seu peito sobe e desce sem parar.

- Vamos, temos compromisso, até outro dia professora! - Digo pegando minhas coisas e da loira.

- Boa noite pra vocês!

***

- Você tem certeza que está melhor pra ir a uma festa? Vai estar lotado de gente sem noção bebendo. - Adora está vestindo uma jaqueta jeans, uma camiseta branca, uma legue preta e um rabo de cavalo, só dando uns últimos ajustes.

- Claro que vou. Eu tô ótima.

Mando mensagem para as garotas que vão nos encontrar lá. Recebi umas fotos da Scórpia e parece estar bem cheio.

Adora ainda está meio desconfortável com toda essa situação da professora, eu fico mal por ela.

***

- Não se perde da minha vista, por favor. - A loira fala baixo no meu ouvido.

Vou correndo abraçar minha irmã, fazia um bom tempo que não via ela, nem ninguém. Contei as fofocas, falei sobre o probleminha com a Adora e bebemos um pouco.

- Essa professora tá meio lelé da cabeça em. Ela tem idade pra ser mãe da Adora.

- Pois é.

Sinto meu celular vibrar no bolso da calça. É a Adora pedindo pra eu encontrar ela no andar de cima.

- Preciso ir maninha, te encontro por aí. - Dou um beijão na bochecha dela e vou.

Tem uma galera se pegando no corredor, normal. Olho no fim do corredor e ela tá parada com as mãos no bolsos. Sei lá, a gente namora faz tempo mas ainda fico nervosa na presença dela.

- Olá, princesa. Vem sempre aqui?

- Na verdade, você acabou de me chamar. - Ela pega o copo de bebida da minha mão e dá um gole. Mas desiste assim que a bebida encosta nos lábios dela.

- Catra??? Isso aqui é álcool puro.

- Paladar ruim o seu.

Dou uma boa olhada nela.

- Enfim, quer ver se esse quarto tá vazio? - Ela se afasta da porta.

- Demorou demais, pensei que não fosse me chamar.

Entramos e ela agarra minha boca com vontade me fazendo derrubar o copo no chão.

- Olha a bagunça que você tá fazendo. - Falo com dificuldade.

- Bagunça é o que vou fazer com você.

Antes de qualquer movimento dela, a Scórpia entra no quarto com a Perfuma.

- Parem de safadeza cara, tem uma mulher perguntando da Adora pra todo mundo lá embaixo.

Agarro a mão da Perfuma e vou descendo com ela pra saber quem é.

- Porra cunhada, eu já perdi as contas de quantas vezes você já empatou foda.

- Para de ser sensível, vocês tem um fogo do cacete.

Vejo a professora da Adora parada com um copo de bebida. Todo mundo está olhando feio pra ela.

Por que tem uma professora na festa? Deve ter perdido a noção.

Assim que a mulher vê Adora descendo, vai até ela. Ela pede privacidade pra Scórpia mas a mesma não sai do lado da Adora.

- Castaspella, para de entender as coisas errado, a senhora é só minha professora. Eu tenho namorada, não consegue entender isso?

Vou até Adora e tento ajudar na situação.

- A senhora está deixando ela desconfortável com toda essa perseguição.

A mulher parece confusa.

- Me desculpa por isso, é tudo novo pra mim, nunca senti isso. - Ela parece decepcionada. - Gosto mesmo de você Adora, e eu sei que você namora mas certeza que não vai durar muito.

Scórpia e eu olhamos imediatamente para a Castaspella.

- Perdão, o que? - Scórpia fala em tom de ironia.

- A senhora está bem enganada, Catra é minha mulher, não um namorinho qualquer. Tô quase casando com ela.

Opa. Casando?
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a lenda voltou.

Aquela Garota.Where stories live. Discover now