Aquela Garota.

Idiot coach

Acordei com o vento batendo na porta de vidro.

Vou até o banheiro, escovo os dentes e vejo Adora apoiada do deck da varanda falando com alguém no celular.

Abraço sua cintura e deposito beijos em seus ombros quentes pelo sol.

- Quem era?

Ela suspira e coloca o celular no bolso.

- Minha treinadora substituta, ela queria saber como estão sendo minhas férias.

- Por que ela te ligou pra saber disso?

- Ela pediu pra eu ficar na escola ajudando ela a treinar as meninas para o Inter do ano que vem. Claro que eu neguei. - Ela coloca a mão na testa e nega com a cabeça.

- Mas am...

- Eii, quero um tempo com você. Quero descansar. Que se foda ela. - Ela agarra minhas bochechas e cola nossos lábios em um beijo lento. - Se troca, vamos sair. - Ela me vira e dá um tapa na minha bunda.

- Olha só, que loira safada. - Dou risada e vou tomar um banho.

***

- Nossa, esse lugar é incrível. - Trice dá uma garfada no mousse de limão.

Viemos todas no restaurante tomar café da manhã e conversar sobre o que cada uma está pensando em fazer.

- Quero levar a Trice pra conhecer as vinícolas daqui, parece interessante, a gente conhece a ilha e encher a cara ao mesmo tempo. Tão pensando no que?

- Ainda não sabem...

- Estou pensando em levar a Catra até a ilha de Thirassia. E quem sabe passar por cima do Kolumbo.

- Nossa, nunca passaria por um vulcão. - Trice respondeu indignada.

A porra de um vulcão? Adora ficou louca?

- Ele é submerso na água, então tá de boa.

Não tá de boa Adora, tá maluca mano?

***

Depois de passar a tarde com elas, voltamos para nosso quarto.

- Um vulcão?

- Sim amor, não quer? Tudo bem se não...

- Quero, quero. Só fiquei meio apreensiva.

O celular da Adora toca e ela atende, me deixando no quarto.
Ouço a voz dela aumentar e ficar irritada.

O que essa mulher tem?

- O que foi, amor?

Ela joga o celular no chão e me prensa na cama. A garota agarra minha boca com desejo e força.

O que aconteceu pra do nada ela ficar com esse tesão todo?

- Adora, para. - Ela levanta num pulo de cima de mim e me olha confusa. - O que aconteceu?

- N...nada amor. Desculpa se não estava afim. - Ela olha pro chão, se levanta e se vira pra abrir a porta.

- Eii, o que foi? Vem cá. - Puxo ela pelo braço e a abraço, sinto sua respiração ficar pesada. - Dorme um pouco.

- Não quero.

- Eu durmo junto, vem.

Ajudo ela a deitar e fico ao seu lado, agarro ela por trás, ela ficou com o quadril empinado para mim. Acaricio seu cabelo até sentir sua respiração ficando calma. Dormiu.