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esse capítulo contém cenas de insumo de drogas ilícitas, se você é contra o uso ou se sente desconfortável, por favor pule o capítulo.
bjo da autora, se cuidem e bebam água <3
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Queria não ir embora nunca desse lugar. Parece um sonho de tão incrível que é. Eu e a Adora decidimos passar a virada do ano aqui, Mara e a esposa voltaram pra casa.

Elize até tentou me convencer de voltar, ela ficou com medo de acontecer alguma coisa, tipo um acidente de avião.

Eu e ela estamos tão de boa, só aquela treinadora que fica enchendo ela de mensagem.

Sei que a loira está com saudade dos treinos, mas quero ir embora o mais tarde possível.

Esse barriga trincada da Adora, misericórdia. Que mulher gostosa.

Pesquisei alguns pontos turísticos pra gente visitar.

Por que ela insiste em se trocar na minha frente?

Achei várias ilhas perto da nossa, e até casas pra passar a noite.

Tem a Praia Rosa de Elafonisi que parece ser tão incrível.

Que saco, faz meia hora que ela está se enxugando do banho, a água já até secou do corpo dela.

- Adora!

Ela me olha surpresa tentando disfarçar a "surpresa".

- Que foi?

- Eu tô tentando me concentrar aqui. - Aponto para o notebook no meu colo.

- Eu não estou fazendo nada.

- Se veste logo, faz uma hora que você tá aí pelada passando essa toalha.

Ela joga a toalha no chão e sobe na cama, se ajeitando do meu lado.

- Que isso? Ilhas?

- Estou pensando na praia de Elafonisi. - Ela tira o notebook do meu colo e deita a cabeça nas minhas pernas. - Eu estava mexendo nele.

- Uau, você tem seios lindos.

- ADORA? - Cubro eles, estou com uma blusa folgada transparente, claro que ela ia ver. Ela bufa e se levanta da cama procurando alguma coisa no guarda-roupas.

Hoje vamos conhecer uma balada daqui. Só espero que ela não beba muito, não vou cuidar de mulher nenhuma.

***

Pegamos um táxi até o lugar. Não demorou pra gente chegar já que estava bem tarde.

Adora arruma a gola da camisa de botões floral no reflexo da janela do carro antes de sair.

Eu estou com um vestido bem justo nude com brilhantes, uma jaqueta preta e um tênis branco. Estilo né, gata.

Não demorou muito pra gente chegar. Fiquei assustada no tanto de gente que tinha naquele lugar. Era um salão enorme, com dançarinas de pole dance, luzes de várias cores, cadeiras individuais, bares a cada canto. É hoje.

- Amor, amor! Olha aquele bar com bandeirinha LGBTQIA+! - Ela saiu quase que me arrastando até lá. Tinha umas bebidas coloridas e diferentes.

Adora não sabe se controlar. Nem beber.

Ela pediu um tal de "Scissors" e eu pedi um "Half nine for girls". Até que é bom.

Depois de beber fomos para a pista, que estava lotada. Quase não dava pra se mexer.

Adora me puxou pra ela e ficamos ali, dançando só nós duas. Cantando feito loucas quando era uma música popular.

- Amor! - Ela se assusta se soltando de mim e colocando as mãos nos bolsos da bermuda.

- Que foi, Adora?

Ela apalpa os bolsos desesperada, pensando que alguém pegou o celular dela, mas não.

- Que isso? - Ela tira um saquinho com 2 comprimidos dentro, eles eram de cores diferentes mas tinham a mesma carinha sorrindo e 2 adesivos com desenhos que não consegui ver o que era. A luz estava atrapalhando.

- Adora, você...?

- Alguém colocou no meu bolso.

- Eu não acho uma boa ideia.

E se a gente morrer? E se a gente não volta pra casa? Que saco, a gente só passa perrengue.

- Vida, relaxa! Vamos ficar de boa, é só um remédio, se não quiser, tudo bem, mas eu quero experimentar.

E se ela passar muito mal? Eu não vou negar que também estou curiosa pra saber como é.

Decidimos não tomar aquilo na balada, vai que a gente não consegue voltar pra casa depois.

Bebemos mais um pouco e estava quase dando 3h da manhã.

***

- E agora? - Ela pergunta olhando os saquinhos com as coisas em cima da mesinha de centro.

- Toma se quiser. - Me jogo na cama tentando tirar o tênis.

ADORA P.O.V. ON

Ok. De uma vez.

E se o que eu acabei de fazer foi um erro? Eu só tinha curiosidade. E se acontecer alguma coisa comigo?

Mas a Catra tá sentada na cama junto com a batata.

- Adora? - Ouço uma voz bem baixinha no meu ouvido, parece até um mosquito.

- Quem é Adora? - Olho na cama e me assusto com uma sombra sentada.

- Mano, como assim?

As coisas estão coloridas e se mexendo. Olha ali, a cadeira está usando o vaso sanitário.

A CADEIRA ESTÁ USANDO O VASO SANITÁRIO.

- Você... É... Tão... Sei lá...

- Adora, sou eu, a Catra! - A estranha passa a mão no meu rosto e me dá um tapa.

- Você está me agressivando? Você não tem tamanho pra me bater, seu cogumelo!

Cogumelos são bonitos, o céu é azul mas agora ele está preto, por que?

Será que eu vim do espaço? Acho que alienígenas existem.

- ALIENÍGENAS EXISTEM!

- Que droga Adora, pra que gritar! ALIENÍGENAS NÃO EXISTEM!

Por que ela não acredita em mim?

Bateu uma onda forte.

CATRA P.O.V. ON

Adora surtou, fica me encarando e me perguntando coisas estranhas, olhando em volta atentamente como se tivesse alguém se escondendo no quarto.

Acho que isso não fez muito bem.

- Adora meu amor, quer deitar? - Tento segurar seus braços mas ela recua.

- Não me toca, cogumelo! Você não está permitido tocar no rei.

Essa menina tá completamente doida.

Pensei em agir como ela, talvez consiga dar um banho nela pra ver se passa.

- Oh, vossa majestade. - Me curvo perante ela. - Me daria a honra de te levar ao mundo mágico da chuva?

Que porra eu tô fazendo.

- Concedo sua honra.

Puxo a menina até o chuveiro, ainda com a roupa no corpo, não sei o que seria de mim se sentasse tirar.

- Isso parece água! E está caindo em mim.

- Sim garota, é água. - Reviro os olhos.

Eu não sei se fiz certo deixar ela tomar aquilo.

Aquela Garota.Where stories live. Discover now