Declaração 2.0

1.8K 141 152
                                    

- Você é muito malvada, Catra. - Mordo o lábio inferior.

- E você perde o controle muito rápido.

Agarro a menor no provador com tanta vontade que nossos corpos se chocam fazendo um barulho significativamente alto.

Subo minha mão pela fenda do vestido novo e caro da garota. Ela ficou tão linda nele mas vai ficar melhor sem.

- A...Adora, estamos na loja. - Ela tenta sussurrar com minha boca colada na dela.

Não tem como resistir a essa garota.

Sem nenhum cuidado a viro de costas e a prenso na parede. Tenta abrir o zíper do vestido mas aquela merda não solta.

Agarro o tecido fino e transparente das costas da morena e puxo, estourando aquela merda de zíper.

- Adora, sabe o preço disso? - Quase que sua voz não sai de tão baixa.

- Eu compro cinquenta desses pra você, agora cala boca. - Abaixo o vestido e junto com ele a calcinha preta de renda dela.

Coloco meus dedos na boca dela e em seguida dentro dela. Os dedos deslizam bem devagar fazendo-a ficar na ponta dos pés.

Ela não consegue ficar quieta então envolvo meu braço pelo seu ombro e tampo sua boca, estocando cada vez mais forte.

Ver ela desse jeitinho acaba comigo.

PENSAMENTO OFF

Ouço o estalar dos dedos da Catra e acordo de um belo e prazeroso transe.

- Sai da Lua e vem pra Terra, por favor.

Estou sentada na poltrona enquanto a Catra está experimentando outro vestido pra mim, ela já comprou um mas não quer me mostrar.

Não ligo, quando eu ver vou tirá-lo imediatamente, que seja melhor assim.

- Tava pensando no que pra não prestar atenção em mim?

- Eu te fodendo dentro desse provador aí, quer saber como foi? - Ela arregala os olhos e tampa o decote do vestido.

- Dorinha, surtou?

- A amor, uma rapidinha não faz mal. - Ela ri e nega com a cabeça.

- Quando acabar aqui vamos pra casa bobinha.

Vejo algumas mensagens no celular: fotos da Mara com a esposa abrindo os presentes de casamento.

Não vejo a hora de ser eu e a Catra.

***

A morena não quis comprar nenhum vestido, ela só provou uns vinte e não trouxe nenhum, vai entender.

Chegamos no quarto e nos jogamos na cama.

O silêncio grita.

- Adora, você sabia que tem uma música que quando eu ouço, lembro de você? Na verdade, acho que quando comecei a gostar de você eu já ouvia ela pensando em você, besta.

- Me diz qual.

Conversamos sem nos olhar.

- Just This Once. - Ela tira o celular do bolso sem muito esforço, coloca a música e começa a cantar bem baixinho. - I miss you more than I, I will ever say out loud.

- Amor, tá zoando? Eu ouvia essa música pensando em você. I thought maybe I would get the chance, but I am sorry is all I have time to get out.

Nos olhamos e continuamos cantando.

- Just this once, I will be the good guy. - Acho que não consigo não dedicar essa música pra ela. Tipo, é tão a gente, sabe?

O refrão começa e ela sobe em cima de mim, como se fosse algo que ela estava querendo fazer a muito tempo.

O beijo dela é intenso, mas eu sinto um gosto salgado e molhado na minha boca, me afasto devagar e a menor está chorando.

- Amor, o que houve? - Coloco seu cabelo atrás da orelha.

- Eu... Eu te amo tanto, a música me fez lembrar de toda nossa história e tudo que já passamos. - Ela já está soluçando de tanto chorar. - Eu nunca quis te fazer mal nenhum. Eu tenho tanta sorte de ter você, Adora, não faz ideia.

Ela me abraça ainda chorando muito. Eu não tenho reação nem palavras pra isso. Tipo?

É raro ver a Catra se declarar e dizer coisas sobre a gente num modo carinhoso.

- Eu vou ser a garota boa dessa vez. - Ela sussurra com o rosto ainda no meu ombro. - Você cumpriu sua promessa, afinal.

- Que promessa?

- Que ficaria comigo e não me abandonaria.

Levanto seu rosto vermelho e molhado. Ver ela daquele jeito acaba com meu coração.

- Eu e você pra sempre.

***

O ano já está no fim.

Finalmente.

Fizemos uma vídeo chamada com a minha sogra pra dizer que estamos bem e que ainda não morremos de fome. Confesso que estou com saudade da minha casa, da minha mulher andando semi nua enquanto eu tentava estudar, do time e de dar minhas aulas.

Mas estar aqui com ela é outra coisa.

- Está com saudade de casa, amor?

- Até que sim, você está? - Ela enrola a toalha em seu corpo.

- Saudade de ver você saindo do banho e molhando o chão todo.

- A cala boca.

Levanto da cama e vou até ela. Toco suas costas molhadas e desço até chegar na toalha, forçando a mesma a cair.

- Opa, caiu sua toalha.

- Tu se liga, Adora.

Vejo as gotinhas caírem no chão enquanto ela se abaixa pra pegar aquela maldita e sortuda toalha.

Me aproximo da menor e seguro sua mão, impedindo ela de enrolar aquela merda na minha obra de arte preferida: seu corpo.

Meus olhos conversam com os dela, pedindo a permissão que eu preciso pra fazer dela a garota mais feliz do mundo.

- Sou toda sua. - Ela diz, se rendendo.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
pra quem ainda não conhece a música das Catradora (sim, elas tem várias músicas) essa que eu citei hoje é "Just This Once - MathematicPoney", a música mais perfeita que existe.

bebam água <3

Aquela Garota.Where stories live. Discover now