15| O Bentido Clube de Gunsberg.

1.3K 105 170
                                    

You couldn't save me, but you can't let me goVocê não conseguiu me salvar, Mas você não consegue me deixar ir"Billie Eilish, NDA"

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

You couldn't save me, but you can't let me go
Você não conseguiu me salvar,
Mas você não consegue me deixar ir
"Billie Eilish, NDA"

O SOL QUE BATIA em minhas costas estava inabalável hoje. Quem trouxe a família para tomar um banho de piscina especificamente hoje, fez uma ótima escolha. As garotas enlaçadas em um biquíni também não seriam um caso à parte. Hoje todos em Berkeley, uma cidade pequena e com quase nenhuma distração, deveriam aproveitar um dia sem nenhum resquício de nuvem no céu, apenas um céu límpido e azul estonteante. Tive que tirar meus óculos escuros para que visse a cor dele de uma forma mais sóbria e inalterável o possível.

"O que faz aqui?" - Paris Peltz estava em minha frente com o seu biquíni cor azul. Havia olhado o corpo de Paris sem saber que a estava devorando com os olhos. E agora me sentia mal em vê-la com desejo de se cobrir por trás de seus braços, mas já era tarde demais pra esconder algo de minha visão. Percebendo todo o cenário que fiz, olho para o lado coçando meus cabelos.

"Pegar um Sol não mata ninguém" - fui completamente irônico, pois a última coisa que faria em Berkeley seria passar meu tempo na beira da piscina. Agora mostrava aquele meu sorriso desleixado, sabendo que ela não iria acreditar nem que se quisesse muito. Ela apenas revirou os olhos já insinuando que adorou me rever.

"Se não estivesse de calça, seria mais fácil de acreditar" - agora ela apontava para o meu jeans, e eu tinha esquecido o quanto ela era... ela mesma, com aquele seu jeito tosco de dizer e não dizer. Começamos a rir, e tinha sentindo aquela mesma vontade que tive algumas vezes, vendo-a em minha frente, com aquele sorriso no rosto, colocando algumas mechas atrás da orelha enquanto evitava fazer contato visual comigo, queria passar mais tempo ao seu lado, chamá-la pra sair, mesmo ela sendo a Paris que eu conhecia. E quando finalmente decidi passar mais tempo ao seu lado, algo parecido como uma maldição me assombrava mais uma vez, tirando todas as chances de sairmos juntos. Aquilo me matava, aquele sempre quase. Oscar estava bem ali, secando a bunda nua e macia da Paris, pensando em apalpá-la, afinal, ele era rei daquela cidade, o que ele não conseguiria fazer?

"Te procuro mais tarde" - sussurro em seu ouvido bem próximo, pondo minha mão em sua cintura como um gesto de proteção. Depois, encarei aqueles olhos incendiados, que mais parecia como uma prévia de uma briga de vira-latas atrás de um bar.

"Arranjou uma bela bunda" - Oscar dizia de Paris, a observando, que ainda se encontrava deslocada e sem jeito depois de deixá-la ali.

"Nada demais" - dizia depois de roubar um charuto em sua mão e pegar meu isqueiro para acendê-lo - "Então..." - ainda permanecia no ritual de girar a roda acionadora pressionando o disparador até conseguir acendê-lo. Ponho de volta em minha jaqueta enquanto me concentrava na primeira tragada que iria experimentar. Aquela merda de tabaco ainda era uma das melhores porras que já experimentei - "O que tem pra me dizer?" - tinha direcionado toda a minha atenção para Oscar, que agora me encarava com aqueles olhos ardis.

Às Vezes (Não) Tão DoceWhere stories live. Discover now