6| Minha Pequena e Doce Brown.

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But was he yours if he wanted me so bad?Mas ele era de fato seu, se me queria tanto?"Melanie Martinez, Pacify Her"

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But was he yours if he wanted me so bad?
Mas ele era de fato seu, se me queria tanto?
"Melanie Martinez, Pacify Her"

     A MINHA CONCENTRAÇÃO está presa sobre uma pequena falha que encontrava-se no cardigan da Sra. Mancini, um de seus botões encontrava-se fora da reta, mas ainda sim validava aquele cardigan levemente amarrotado como admirável. Não sabia ao certo por se dar de sua cor vibrante amarronzada e que fazia uma combinação excêntrica com seu tom de castanho nos olhos, ou pelo fato de que minha especialidade era procurar o melhor em qualquer artefato.

A luz do Sol atravessava a sala de aula como uma ótima penumbra que caía sobre os livros empoeirados embutidos em prateleiras. Chamavam minha atenção pelo seguinte fato, estavam organizados por ordem alfabética de A-Z ou por autor? Bem, isso foi o suficiente para me arrastar e ser absorta em minha cabeça pensante, e então, pela primeira vez desde que entrei na aula da professora Marta Mancini, meus ouvidos foram inaugurados por ótimas distrações, ela alarma a chegada de um novato.

"Bem, deve ser a senhorita Brown" - a voz aguda de Mancini penetra em meus ouvidos como uma melodia, diferentemente das outras vezes que ela ousava em fazer um simples suspiro. Em minha frente há cabeças paralelas que evitavam acompanhá-la em sua entrada. A senhorita Brown deverá ser mais outra que a partir de agora ansiará conhecer o time de futebol da universidade, e já estaria nítido que seus ouvidos já teriam sidos familiarizados com a palavra "Acquainted" desde a sua chegada, afinal, o que seria de University of Berkeley se não fosse pela reputação desses jovens articulados?

Entretanto, o que ela ofereceria? Um decote onde seus seios estariam prestes a pular de sua roupa encurtada? Ou talvez não em sua silhueta, mas em seus longos cabelos sedosos que exalariam o cheiro de chiclete, ou em sua arca dentária que seria perfeitamente linear dado a anos de ferros nela? Meu incômodo não se dá por sua beleza ou magnitude em perfumes caros e rosto angelical, mas se ela seria o bastante para roubar a atenção de Thomas, impulsionar todos os holofotes para si e assim Crawford ser capaz de me substituir por um par de peitos.

Mas não era nada disso... era apenas a Brown, minha doce Brown. Ela locomoveu-se em um certo ponto onde pude vê-la e constatar que era mesmo a Abi. Não era apenas o fato de ser a Abigail Brown em minha frente, mas não ser a Abigail Brown que eu conhecia.

     Sua gargantilha de couro chama todos os olhares que pertencia naquele ambiente, além das roupas extravagantes. Seus cabelos negros pertenciam a um corte Chanel acima do ombro, e os lábios carnudos cobertos por um batom vermelho estonteante. Há um farfalhar sem parar no fundo sonoro da sala, risos entram em êxtase e olhares repulsivos caíram sobre ela como pedradas a medida que seus passos se alargavam em uma carteira vazia.

O pior que poderia desencadear em sua chegada é pelo fato de que ao lado da carteira que se direcionava, havia Gregory Chester, o maior troglodita desde os tempos da escola, e tenho certeza que Abi recordava muito bem dele; praticava bullying desde o tempo da puberdade até a sua partida para Massachusetts.

Às Vezes (Não) Tão DoceWhere stories live. Discover now