14| A Liga dos Afortunados.

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They say boys like girls with a tiny waistNow my mama's preaching to make sure I'm pure Dizem que caras gostam de garotas com cinturas finasAgora minha mãe está me dando sermãopara garantir que eu seja pura"Melanie Martinez, Strawberry Shortcake"

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They say boys like girls with a tiny waist
Now my mama's preaching to make sure I'm pure
Dizem que caras gostam de garotas com cinturas finas
Agora minha mãe está me dando sermão
para garantir que eu seja pura
"Melanie Martinez, Strawberry Shortcake"

    TENHO CERTEZA QUE alguma vez passou pela sua cabeça sobre o que aquele menino que você ficou no banheiro da festa pensa ou acha sobre você. O que ele pensou no primeiro momento que te viu passar enquanto estava com todos os seus amigos bebendo. Na verdade, o livro de John Gray, "Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus", tenta explicar como funciona a cabeça masculina, eles são um elástico, se afastam para respirarem um pouco e voltam na mesma intensidade de quando chegaram. Não é tão difícil entender quando estão interessados.

Penso que isso passou na cabeça da mulher que roubou meu pai. A sensação de conquista quando viu aqueles olhos azuis incendiados, olhos penetrantes e expressivos, pensando, "Por que ele tem olhos apenas para mim?". Eu também não sei. Nenhuma página daquele livro me mostrou o motivo. Mas, se eu ver em outra óptica e reformular a minha pergunta, acho que vai ser mais interessante para hoje. "O que ela tinha para que ele se interessasse tanto?".

Não era surpresa para ninguém saber que o que havia entre mamãe e papai era barulhento. Enola sempre me disse que o motivo de ele ter nos abandonado e ser oficialmente da família Schneider era eu. Eu sabia que não havia um motivo isolado para ele ter saído de casa, mas porque ele era um homem jovem e bem-sucedido à flor da idade, procurando sempre uma mulher mais jovem e atraente. Mas, e se mamãe tivesse razão? Afinal, eles eram muitos jovens quando me tiveram. E se talvez tivesse sido eu que apaguei a chama que ambos haviam, o desequilíbrio, a inércia e a novidade de um relacionamento? Talvez eu tenha tido uma grande parte da culpa.

O nome de solteiro do papai era David King, antes mesmo de ser David Peltz ou David Schneider. Ou só David. A vadia por quem ele nos trocou ainda era suíça, com seus longos cabelos loiros e olhos escuros.

Eu a odiava tanto, odiava Amelia Schneider.

Ainda não tiveram filhos, o que conclui minha teoria sobre o meu pai possuir pavor de ter criança. E sabe o que ainda mais doía? É que ainda eu o amava tanto, mais tanto, tampouco foi os nossos anos juntos. O casamento dele e com mamãe nunca foi como uma família tradicional seria. Papai era um escritor vaidoso, e ainda renomado, e por isso dizia que gostava de ter novas inspirações, saindo por aí atrás de uma nova chama que o acendesse por completo. Tínhamos uma vida confortável. Mamãe nunca precisou trabalhar, afinal, havia a renda do seu marido e a herança dos pais.

Ele me levava aos domingos para a sorveteria, visitávamos o vovô e a vovó em Minnesota aproveitando a neve, fazendo chocolates quentes pra mim, porque ele amava cozinhar. Fazia uns bolinhos de caramelo com torradas doces, e seria a minha realização de infância experimentar pela última vez. Íamos patinar, mesmo nunca tendo mostrado minhas habilidades em cima do gelo. Ele me inscrevia em concursos de escrita criativa na escola, e eu ser reconhecida por ser a filha do escritor David King era espetacular, e ao mesmo tempo incrivelmente pé no saco. Ganhei uma vez em uma edição especial de Natal. O outro concurso eu sei que foi roubado. Margott Sullivan comprou os jurados, disso David e eu tínhamos absoluta certeza.

Às Vezes (Não) Tão DoceNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ