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I was an angelLiving in the garden of evilEu era um anjoVivendo no jardim do mal"Lana Del Rey, Gods & Monsters"

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I was an angel
Living in the garden of evil
Eu era um anjo
Vivendo no jardim do mal
"Lana Del Rey, Gods & Monsters"

   BLUE IVY E EU havíamos aulas em comum todas as quintas e sextas, as aulas do professor Fitzgerald corroboraram com isso. Bem, havíamos assuntos em comum, como o fato de sermos calouras, o anseio de desfrutar cada festa das fraternidades mais cobiçadas, assim como inaugurar os quartos dos garotos conhecidos pelo sobrenome escrito na jaqueta de time. Não é algo que me orgulhe de dizer, mas sim, era uma universitária assim como todas as outras que esperava um convite de um cara que me mostrasse os primeiros infernos e me levasse até os últimos céus.

   Havia passado uma semana desde que vi Crawford pela última vez, e nesses dias, domei minha mente em pensamentos raquíticos, vagos, solitários. No que diz respeito a minha mentalidade sobre coisas racionais e concretas, fico inerte. A literatura era o oposto disso. Ela era a minha bússola, o meu guia em meio a um mundo onde pessoas não desfrutam a arte de afogar-se em um mar de sentimentos aflorados em uma pele arrepiada e macia. A vulnerabilidade de estar em êxtase desabrochada por um conto onde dois pares de olhos condenam-se até o fim dos tempos, com promessas tocáveis e sensações lapidadas.

Eu queria cursar literatura e Blue pensara em cinema, bem, nos elejo a dupla mais interessante nesse fim de campus. Ela havia me prometido que um de meus livros viraria seu filme, e rotulei a tal ideia como orgástica demais.

   Em um instante, meus pensamentos foram todos fuzilados por um simples acontecimento, a sala de Sr. Fitzgerald foi preenchida por presenças questionáveis, e uma foi culpa de tornar o meu dia ainda mais interessante. O time inteiro do Football da universidade incluindo o quarterback, Tommy Crawford.

Blue lança o seu olhar por cima de seu ombro encontrada a uma fileira afrente com seus olhos esbugalhados e em sua boca formava uma sinalização indecente de sexo oral. Encontrava-me petrificada. Ele não havia aula de literatura nesse horário, o que fez com que meus nervos trabalhassem procurando uma resposta plausível a isso.

   "Senhores. A que devo essa presença ilustre?" - professor Jackson se pronuncia com a dúvida de todos. Era imaginável os olhares de todos pousarem sobre eles, atônitos e provavelmente rezando para que estabeleçam em um dos aposentos de seus lados.

   "É tão difícil imaginar que trocaríamos o football pela aula do adorável Jackson Fitzgerald?" - Crawford o replica, me impressionando sempre que conjecturava algo. Era convincente e destemido, e sua presença aprumada fazia dele inalcançável.

   "Bem, nesse caso é possível sim. O céu aparenta uma chuva grossa e uma quadra encontra-se interditada" - o professor havia um certo sarcasmo corroído, e risos acarretaram-se. O efeito sonoro da chuva afora foi o bastante para que compreendesse o acontecido.

Às Vezes (Não) Tão DoceWhere stories live. Discover now