trinta e oito

1.1K 84 0
                                    

Abro os olhos devagar escutando algumas vozes ao meu redor, noto que estava deitada no sofá da minha sala de estar, Oscar e César em cima de mim enquanto Monse estava em um canto falando ao telefone andando de um lado para o outro.

- O que aconteceu? - Não lembrava de nada no momento acho que dormi ao algo assim.

- Aí graças à Deus você acordou. - Monse diz com o telefone ainda na orelha. - Ela acabou de acordar doutora....Deve ter sido isso mesmo, obrigada e desculpe incomoda-lá a essa hora. - Ela desliga o telefone.

- Você tá bem? Como se sente? - Oscar me ajuda a me sentar no sofá.

- Confusa, o que aconteceu?

- A gente tava vendo as notícias e você desmaiou. - César explica e tudo me vem a mente.

- Eu liguei pra médica e ela confirmou minha suspeita, era crise de ansiedade a notícia te deixou mal. - Monse se senta ao meu lado e segura minha mão.

- Vamos te levar pro hospital? - Oscar se levanta mas eu seguro sua mão.

- Não, eu tô bem, foi só uma crise mesmo já estou melhor.

- Tem certeza?

- Sim tenho, eu só quero dormir um pouco. Foi muita coisa para um dia só, estou cansada. - Ia me levantar mas rapidamente ele segura meu braço me ajudando, foi até fofo por um lado mas tava parecendo aquela cena que o neto ajuda a avó a se levantar. Do boa noite para César e Monse e entro no meu quarto junto com ele. - Obrigada. - Me sento na cama.

- Tem certeza que não é melhor a gente ir pro hospital? Você nunca desmaiou assim antes.

- Amor eu to bem, a Monse tava certa tive uma crise de ansiedade mas já passou. Eu só quero dormir pra esse dia acabar logo, só por favor deita comigo e vamos dormir. - Não queria mais falar naquilo, só queria dormir para ver se tudo isso não passa-se de um pesadelo, e se agora que acharam o corpo me ligarem a ele? O que eu faço?

Calma Lexi, respira fundo se acalma.

Obedeço minha própria consciência. Me deito na cama e fico de costas para Oscar dando um espaço para ele deitar comigo. Sinto o outro lado da cama afundar e seu abraço em volta do meu corpo, ele cola nossos corpos, ao sentir seu peitoral nas minhas costas chego a conclusão de que ele tirou a camisa, o que não era surpresa já que ele só dormia assim.

- Eu tô aqui com você mi amor, tudo vai ficar bem. - Já tive muitas crises onde meu maior desejo era ouvir essas palavras de alguém que se importa comigo, nesses momentos em que fico mal eu não quero que me pergunte o que tenho, porque estou chorando ou porque estou tremendo e não controlo minha respiração, eu só queria sentir o calor do abraço de alguém e que essas palavras fossem ditas para me tranquilizar.

- Obrigada. - Uma lágrima cai pingando no meu travesseiro. Fecho os olhos numa tentativa de dormir, mas o sono não vinha em nenhum momento contei carneirinho, tentei relaxar mas não conseguia dormir, a ansiedade era maior do que meu sono, mas eu não podia deixar ela vencer essa batalha. Demoro um pouco mas finalmente consigo dormir.

(...)

Fico atualizando a página de notícias no meu celular a cada segundo com medo da próxima notícia que iria aparecer sobre o Dylan, a cada vez que escuto batidas na porta me pergunto se não é a polícia me querendo fazer perguntas.

- Aí quer parar com isso. Já tem dois dias des da última notícia, eles não vão ligar a morte dele até você. - Monse se senta na mesa na minha frente colocando um prato na minha frente, hoje ela fez o almoço o famoso bolo de carne dela.

Amor De Um Gângster || Oscar Diaz - CONCLUIDA Onde as histórias ganham vida. Descobre agora